Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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alterar os dados. Ela sabia que eu confiava nela e em William.<br />
— Não foi William... Pelo menos não voluntariamente.<br />
Ele concordou com a cabeça, compreendendo tudo, olhou para a sua blusa arruinada e os olhos<br />
vermelhos.<br />
— Ela machucou você, esse sangue é seu?<br />
— A maior parte do sangue é dela — respondeu Eve, esperançosa. — Ela não queria ser presa<br />
— e soltou o ar. — Ela está morta, Roarke. Cometeu suicídio. Eu não consegui evitar. Talvez<br />
nem quisesse mesmo. Ela me contou que o aparelho... O seu aparelho... — Sua respiração estava<br />
zumbindo de novo, ofegante e falha. — ... Eu pensei... Achei que não ia chegar a tempo. Não<br />
consegui fazer o tele-link funcionar e achei que não ia dar tempo de eu chegar aqui.<br />
Ela não ouviu Peabody sair e fechar a porta para lhe dar privacidade. Ela não se importava<br />
com privacidade. Simplesmente continuou a olhar, sem ver, e a tremer.<br />
— Eu não pude... — tornou a repetir. — Fiquei puxando assunto para ganhar tempo, fiquei<br />
esticando o papo, tentando obter dados para montar o caso, e você poderia ter...<br />
— Eve... — Ele chegou junto dela e apertou-a junto de si. — Eu poderia, mas isso não<br />
aconteceu. E você conseguiu chegar aqui. Não vou abandoná-la — e apertou os lábios sobre seus<br />
cabelos quando ela enterrou o rosto contra seu ombro. — Já acabou!<br />
Ela sabia que repetiria em sua cabeça aquela corrida interminável, o pânico e o pesar<br />
impotente milhares de vezes em seus sonhos.<br />
— Não, não acabou. Vai haver uma investigação completa, não apenas nas atividades de<br />
Reeanna, mas na sua companhia e nas pessoas que trabalharam com ela no projeto.<br />
— Eu posso aguentar isso — e levou a cabeça de Eve para trás com um dedo. — A companhia<br />
está limpa, eu lhe asseguro. Não vou lhe causar nenhum embaraço oficial, tenente, sendo preso.<br />
Ela pegou o lenço que ele colocara em sua mão e assoou o nariz.<br />
— Seria um inferno para a minha carreira ser casada com um bandido.<br />
— Pode ficar tranquila quanto a isso. Por que ela fez isso?<br />
— Porque podia. Foi isso que ela disse. Adorava o poder que tinha, o controle. — Com gestos<br />
rudes, secou as bochechas com a base das mãos, mãos que já estavam quase firmes agora. — Ela<br />
tinha grandes planos para mim. — O tremor foi forte, mas curto. — Uma espécie de cadelinha de<br />
estimação, imagino. Como William. Seu pequeno cãozinho ensinado. E com você morto, ela<br />
imaginou que eu ia herdar tudo o que você tem. Você não vai fazer isso comigo, vai?<br />
— O quê? Morrer?<br />
— Não, deixar para mim todas as suas coisas.<br />
Ele riu e a beijou, comentando:<br />
— Só você mesmo para ficar chateada com uma coisa dessas — e afastou o cabelo do seu<br />
rosto. — Ela também preparou um aparelho para você?<br />
— Sim, mas não conseguiu me fazer testá-lo. Feeney está lá na sala dela agora. E melhor contar<br />
a ele tudo o que aconteceu.<br />
— Então vamos ter que descer. Reeanna deixou o tele-link dela desligado, e foi por isso que eu<br />
já estava indo para lá quando você me atropelou, na porta. Fiquei preocupado por não conseguir<br />
me comunicar.<br />
— É duro... — Eve tocou o seu rosto — ... se preocupar com alguém.<br />
— Dá pra aguentar. Imagino que você agora vai para a central, para limpar toda essa sujeira<br />
ainda esta noite.