Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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enterneceram de compreensão. — Eu mesma muitas vezes me pego fazendo isso. E você tem<br />
razão: Eve é uma mulher fascinante, e construiu a si própria, o que, pelo que me parece,<br />
desequilibra um pouco a sua teoria de impressão genética imutável.<br />
— Você acha?... — Com visível interesse, Reeanna inclinou-se para a frente. — Você a<br />
conhece bem?<br />
— Tão bem quanto consigo. Eve é uma pessoa... reservada.<br />
— Você gosta muito dela — comentou Reeanna, balançando a cabeça. — Espero que você não<br />
me compreenda mal se eu disser que ela não era nem um pouco o que eu esperava, quando soube<br />
que Roarke ia se casar. O próprio fato de que ele ia se casar já foi um espanto total, mas eu<br />
imaginava a sua noiva como uma mulher muito educada e sofisticada. Uma detetive de<br />
homicídios que usa uma cartucheira presa ao ombro com a mesma naturalidade com que outra<br />
mulher usaria um colar que ganhou de herança não era a minha concepção da mulher que Roarke<br />
escolheria. Apesar disso, os dois parecem combinar, ficam bem juntos. Alguém poderia até<br />
dizer... — acrescentou, com um sorriso — ... que foram destinados um ao outro.<br />
— Quanto a isso eu posso concordar.<br />
— Agora me conte, doutora Mira, qual é a sua opinião a respeito da manipulação das áreas do<br />
DNA?<br />
— Bem, com relação a isso... — e Mira, alegremente, se recostou na cadeira para uma animada<br />
discussão profissional, mesmo estando em um momento de folga.<br />
Diante do computador em sua sala, Eve fazia malabarismos com os dados compilados sobre os<br />
casos de Fitzhugh, Mathias e Pearly. Não conseguiu encontrar ligação alguma entre eles, nada em<br />
comum. A única correlação verdadeira que existia entre eles era o fato de que nenhum dos três<br />
jamais demonstrara tendências suicidas antes de se matarem.<br />
— Probabilidade de as vítimas estarem relacionadas umas com as outras! — exigiu Eve,<br />
falando para o programa.<br />
Processando... Probabilidade: 5,2%.<br />
— Em outras palavras, zero! — Eve soltou o ar com força, fazendo uma cara feia ao ouvir um<br />
ônibus aéreo que voava baixo, fazendo as vidraças de sua pequena janela chacoalharem. —<br />
Probabilidade de homicídio no caso Fitzhugh, utilizando os dados conhecidos até agora! —<br />
solicitou ela.<br />
Com os dados conhecidos até o presente momento, a probabilidade de homicídio neste caso<br />
é de 8,3%.<br />
— Desista, Dallas... — disse a si mesma, quase em um murmúrio. — Deixe pra lá!...<br />
Deliberadamente, se virou na cadeira e ficou observando pela sua janela o tráfego aéreo que<br />
entulhava o céu. Predestinação. Sina. Impressão genética. Se ela fosse acreditar em alguma coisa<br />
dessa teoria, qual era o propósito do seu trabalho, ou da sua vida, por extensão? Se não havia<br />
escolha, nada que mudasse o fim da história, qual a finalidade de se esfalfar para salvar vidas ou<br />
ficar do lado dos mortos quando a luta para salvá-los falhava?