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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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— Uma pequena mancha no cérebro... Talvez. — Tamborilando sobre a mesa, Eve franziu a<br />

testa. — Vou ter que mexer uns pauzinhos para conseguir todos os dados, mas isso pode ter sido<br />

a razão de tudo. Os motivos por trás de todos esses casos podem ser fisiológicos, em vez de<br />

psicológicos. Se houver uma conexão, vou ter que achá-la.<br />

— Você agora está se desviando um pouco do meu campo de atuação, mas, se conseguir<br />

encontrar dados que liguem estes três casos, ficarei feliz em fazer uma análise mais detalhada.<br />

— Eu já contava com isso. — Eve sorriu. — Não tenho muito tempo. O caso Fitzhugh vai<br />

permanecer como prioridade por mais alguns dias apenas. Se eu não conseguir alguma coisa<br />

concreta e usá-la para convencer o comandante a manter o caso em aberto, vou ser obrigada a ir<br />

em frente e o caso vai ser encerrado. Por enquanto, porém...<br />

— Eve?!... — Reeanna veio subindo a escada em direção à mesa, deslumbrante, usando um<br />

vestido longo em mil cores. — Ora, mas que bom encontrá-la aqui! Estava almoçando com um<br />

colega quando olhei para cá e achei que era você...<br />

— Olá, Reeanna. — Eve conseguiu emitir um sorriso. Ela não se importava de estar parecendo<br />

uma vendedora ambulante junto da ruiva glamorosa. O que a incomodava era ver a sua consulta<br />

com Mira interrompida. — Doutora Mira, esta é Reeanna Ott — apresentou Eve.<br />

— Doutora Ott... — Com graça e leveza, Mira ofereceu a mão para ser apertada. — Já ouvi<br />

falar do seu trabalho, e o admiro muito.<br />

— Obrigada, e posso dizer o mesmo do seu. É uma honra ser apresentada a uma das mais<br />

importantes psiquiatras do país. Já fiz pesquisas em muitos dos seus artigos e os achei<br />

fascinantes.<br />

— Considero isso um elogio. Não quer se sentar e nos acompanhar na sobremesa?<br />

— Adoraria... — Reeanna lançou um olhar questionador para Eve — ... se não estiver<br />

interrompendo nenhuma reunião oficial.<br />

— Acho que já encerramos esta parte do programa. — Eve olhou para o garçom que Mira<br />

chamara com um discreto levantar de dedo. — Vou querer café, por favor. A marca da casa.<br />

Puro.<br />

— Vou acompanhá-la — anunciou Mira para o garçom. — Gostaria também de um pedaço de<br />

torta de amora. Sou fraca para doces.<br />

— Eu também. — Reeanna sorriu para o garçom, como se fosse ele a pessoa responsável pela<br />

preparação da sobremesa. — Vou querer um café pingado com uma fatia de Pecado de<br />

Chocolate. Estou tão cansada de comida processada artificialmente... — confidenciou a Mira. —<br />

Pretendo me empanturrar de coisas boas enquanto estiver aqui em Nova York.<br />

— E por quanto tempo ainda vai ficar na cidade?<br />

— Depende muito de Roarke... — e sorriu para Eve — ... e do quanto ele ache que tenho<br />

alguma utilidade por aqui. Estou com um pressentimento de que ele vai estar nos despachando, a<br />

mim e a William, para o Olympus, dentro de poucas semanas.<br />

— Cuidar do Olympus é uma missão e tanto — comentou Mira. — Pelo que tenho visto nos<br />

noticiários e nas reportagens dos canais de variedades, tudo lá é fascinante.<br />

— Roarke quer que já esteja tudo pronto e funcionando na primavera — e correu a mão pelo<br />

trio de cordões de ouro que trazia em volta do pescoço. — Vamos ver... Roarke normalmente<br />

consegue o que quer. Não concorda comigo neste ponto, Eve?<br />

— Bem, ele não chegou onde está aceitando "nãos" como resposta.<br />

— É, certamente que não. Vocês acabaram de voltar do resort. Ele lhe mostrou o salão de

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