Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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— Você não tinha conhecimento de que Cerise Devane era a principal executiva e maior<br />
acionista das Empresas Tattler?<br />
— Não, quis dizer que acho que sabia quem ela era, mas...<br />
— Imagino que você já foi matéria do jornal The Tattler de vez em quando, durante a sua<br />
carreira...<br />
— Claro, eles vivem escavando para descobrir os podres das pessoas. Já tentaram manchar<br />
meu nome. Isso faz parte do mundo do show business. — O medo diminuíra e ele agora se<br />
mostrava ligeiramente irritado. — Escute, aquela mulher pulou do prédio. Eu estava no centro da<br />
cidade, trabalhando, quando ela saltou. Tenho testemunhas disso. Mavis é uma delas.<br />
— Eu sei que você não estava lá, Jess. Quem estava era eu. Pelo menos eu tenho certeza de que<br />
você não estava em carne e osso.<br />
Sua boca que parecia esculpida se curvou em um sorriso sarcástico.<br />
— Então o que eu sou agora, algum fantasma?<br />
— Você conhecia ou teve alguma vez na vida contato com um engenheiro autotrônico com o<br />
nome de Drew Mathis?<br />
— Nunca ouvi falar dele.<br />
— Mathias também cursou o MIT.<br />
— Como milhares de outros. Eu optei pelo curso em casa, on-line. Jamais coloquei os pés no<br />
campus.<br />
— E jamais teve contato com outros alunos?<br />
— Claro que tive... Pelo tele-link, e-mail, fax a laser, e tudo o mais. — Encolheu os ombros e<br />
começou a tamborilar sobre a bota feita a mão que acabara de colocar sobre o joelho. — Não me<br />
lembro de nenhum engenheiro autotrônico com esse nome.<br />
Eve resolveu mudar de tática.<br />
— Quantos projetos você desenvolveu na área de mensagens subliminares individualizadas?<br />
— Não sei do que você está falando.<br />
— Você não compreendeu o termo que usei?<br />
— Compreendi, sei o que significa. — Dessa vez deu de ombros de forma mais rígida. —<br />
Aliás, pelo que sei, isso jamais foi conseguido; portanto não sei o motivo da pergunta.<br />
Eve resolveu se arriscar. Olhou para a sua auxiliar e perguntou:<br />
— Você sabe sobre o que estou falando com ele, Peabody?<br />
— Acho que a senhora foi bastante clara, tenente. — Peabody se sentia meio atolada em um<br />
terreno enlameado e confuso. — A senhora gostaria de saber que tipo de trabalho o interrogado<br />
já realizou na área de sugestões subliminares personalizadas. Talvez seja interessante lembrar ao<br />
interrogado que atualmente não é ilegal realizar pesquisas ou demonstrar interesse nessa área.<br />
Apenas o desenvolvimento e a fabricação de aparelhos com esta tecnologia são considerados<br />
crimes, tanto na esfera estadual quanto na federal e internacional.<br />
— Muito bem, Peabody! Isso serviu para tornar as coisas mais claras para você, Jess?<br />
A conversa paralela lhe dera algum tempo para se acalmar, e ele confirmou:<br />
— Claro, tenho alguns interesses nessa área. Um monte de gente tem.<br />
— Mas isso é um pouco fora do seu campo de atuação, não é? Você é apenas um músico,<br />
afinal, e não um cientista formado...<br />
Foi o botão certo para apertar. Ele se sentou reto na cadeira, com os olhos soltando faíscas.<br />
— Sou devidamente formado em musicologia. Música não é apenas um monte de notas