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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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diagonal no meio da alameda.<br />

E voou em cima dele.<br />

Rasgaram as roupas um do outro enquanto se apalpavam e tentavam se encontrar no exíguo<br />

espaço do interior do carro. Ela mordeu o ombro dele e arriou-lhe as calças. Ele estava xingando<br />

e ela ria quando ele a arrastou para fora do carro. Caíram sobre a grama em uma confusão de<br />

braços, pernas e roupas.<br />

— Rápido, rápido, depressa! — era tudo o que ela conseguia balbuciar diante da pressão<br />

insuportável. Ele colocou a boca sobre o seio dela, através dos farrapos da blusa, com os dentes<br />

mordiscando-lhe os mamilos. Ela acabou de arrancar as calças dele e apertou-lhe os quadris com<br />

força.<br />

A respiração dele estava acelerada, rouca, a necessidade em estado bruto o percorria por<br />

dentro com suas garras, em uma necessidade tão urgente quanto a das unhas dela cravadas em<br />

suas costas. Ele conseguia sentir o próprio sangue circulando ferozmente, como uma onda gigante<br />

que rolava por dentro das veias. Suas mãos a apertaram com força enquanto abria as pernas dela<br />

e se lançava com todo o vigor lá dentro.<br />

Ela soltou um grito de prazer selvagem e indômito, enquanto suas unhas continuavam a arranhar<br />

as costas dele e seus dentes se cravavam em seu ombro. Ela podia senti-lo pulsando dentro dela,<br />

preenchendo-a por completo a cada arremetida desesperada. O golpe do orgasmo chegou, forte e<br />

doloroso, mas não serviu para aplacar a sede monstruosa.<br />

Ela estava toda molhada e quente por dentro, e seus músculos o agarravam como um torniquete<br />

a cada investida de seus quadris. Ele não conseguia parar, não conseguia pensar, e bombeava<br />

sem parar como um garanhão cobrindo uma égua no cio. Mal conseguia enxergá-la através da<br />

névoa avermelhada que encobria sua visão, podia apenas senti-la no mesmo ritmo que ele<br />

enquanto a cavalgava, bombeando-a entre os quadris. Sua voz era um distante zumbido nos<br />

ouvidos dele, e estava cheia de gemidos, soluços e arquejos.<br />

Cada som que saía de sua boca ecoava dentro do sangue dele, como uma canção em compasso<br />

primitivo.<br />

Ele se sentiu romper por dentro sem esperar, como algo além do seu controle. Seu corpo<br />

continuou trabalhando como uma máquina em força total, golpeando-a repetidamente por dentro,<br />

até entrar em erupção. A onda quente de alívio o inundou, engolindo-o e afogando-o. Foi a única<br />

ocasião, desde a primeira vez em que a tocara, em que ele não soube dizer se ela o havia<br />

acompanhado para além do abismo.<br />

Ele desmoronou, rolou sem forças para o lado, em busca de ar para os pulmões<br />

sobrecarregados. Sob a luz do luar, ficaram esparramados sobre a grama, suados, semidespidos e<br />

trêmulos, como os sobreviventes solitários de uma guerra particularmente feroz.<br />

Com um gemido, ela se virou de barriga para baixo e deixou que a grama úmida refrescasse seu<br />

rosto afogueado.<br />

— Puxa, o que foi isso?<br />

— Sob outras circunstâncias — disse ele, mal conseguindo abrir os olhos —, eu diria que foi<br />

sexo, mas... acho que não tenho uma palavra exata para descrever o ato.<br />

— Eu mordi você?<br />

Algumas dores estavam começando a se fazer notar enquanto o corpo dele se recuperava.<br />

Girando a cabeça e olhando para o ombro, viu as marcas dos dentes dela e respondeu:<br />

— Alguém me mordeu. Provavelmente foi você.

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