Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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você muito ocupada durante as últimas quarenta e oito horas que ainda temos aqui.<br />
— Só quarenta e oito horas? — Com uma risada, ela bebeu o resto do vinho de um gole só. —<br />
Quando começamos?<br />
— Não há momento melhor do que... — e parou de falar de repente, franzindo a testa ao ouvir a<br />
campainha tocar. — Eu avisei a todos que queria ficar em paz aqui em cima. Fique aqui! — Ele<br />
fechou um pouco mais o robe que ela usava e que ele acabara de desamarrar. — Vou dispensar,<br />
seja quem for. Vou mandá-lo para muito longe daqui.<br />
— Aproveite e mande vir mais uma garrafa, já que você vai até a porta — pediu ela, sorrindo<br />
enquanto sacudia as últimas gotas em seu cálice. — Alguém bebeu toda essa aqui...<br />
Com ar divertido, ele foi para dentro e atravessou a larga sala de estar, com seu teto de vidro e<br />
tapetes macios e espessos. Era ali que ele a queria, para começar, decidiu, naquele piso<br />
convidativo, com o brilho das estrelas acima de suas cabeças. Colheu um lírio branco com haste<br />
comprida, arrancando-o de um vaso de porcelana que havia no caminho, e imaginou como<br />
poderia mostrar a ela o que um homem experiente pode fazer com uma mulher usando apenas as<br />
pétalas de uma flor.<br />
Ainda estava sorrindo quando entrou no vestíbulo, com suas paredes brilhantes e uma escada<br />
em espiral toda em mármore.<br />
Ligando a tela de segurança, se preparou para acabar com a carreira do atendente que fora<br />
interrompê-los.<br />
Ligeiramente surpreso, viu o rosto de um dos seus engenheiros assistentes.<br />
— Carter? Algum problema?<br />
Carter passou a mão sobre o rosto pálido e encharcado de suor, respondendo:<br />
— Senhor, acredito que sim. Preciso falar com o senhor. Por favor.<br />
— Certo. Espere só um instante. — Roarke soltou um suspiro enquanto apagava o monitor de<br />
segurança e destrancava a porta. Carter era muito novo para o seu posto, tinha vinte e poucos<br />
anos, mas era um gênio quando se tratava de planejamento de designs e execução de projetos. Se<br />
havia algum problema sério com a obra, era melhor cuidar logo daquilo.<br />
— O problema é com a passarela aérea deslizante sobre o salão? — perguntou Roarke, ao<br />
abrir a porta. — Pensei que vocês já tivessem resolvido os problemas que surgiram nela.<br />
— Não... isto é, sim, senhor... Já resolvemos todos os problemas. Ela está funcionando<br />
perfeitamente agora.<br />
Roarke reparou que o rapaz estava tremendo, e não ficou mais aborrecido.<br />
— Houve algum acidente? — Roarke pegou Carter pelo braço e o conduziu até a sala de estar,<br />
forçando-o, com delicadeza, a se sentar em uma poltrona. — Há alguém ferido?<br />
— Eu não sei... quer dizer... um acidente? — Carter piscou e ficou olhando para algum ponto<br />
ao longe com o olhar vidrado. — Senhorita!... Senhora!... Tenente!... — cumprimentou ele, todo<br />
atrapalhado, ao ver Eve entrar na sala. Tentou se levantar da poltrona, mas acabou se sentindo<br />
fraco e caiu sobre ela novamente, empurrado pela mão de Eve.<br />
— Ele está em estado de choque! — informou ela a Roarke, com um tom de voz enérgico. —<br />
Pegue um pouco daquele conhaque sofisticado que você sempre tem por perto — pediu ela, se<br />
agachando até fazer seu rosto ficar no mesmo nível que o de Carter. As pupilas do rapaz<br />
pareciam cabeças de alfinete de tão retraídas. — Carter, não é esse o seu nome? Acalme-se!...<br />
— Acho... — seu rosto ficou branco como cera — ... acho que eu vou...<br />
Sem deixá-lo terminar, Eve empurrou a cabeça do rapaz para baixo, colocando-a entre os