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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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— Nem um pouco. Apenas queria dar um tempo para aperfeiçoar o novo equipamento, recolher<br />

e fundir os elementos exatos para o sucesso. Quando eu lançar o material novo, vai ser algo<br />

diferente, que ninguém jamais viu ou ouviu antes.<br />

— E Mavis vai ser uma espécie de trampolim para isso.<br />

— De certa forma, sim. Ela foi um golpe de sorte em minha vida. Pode servir de vitrine para a<br />

parte do material que não funcionaria comigo, e individualizei algumas outras canções para<br />

combinar melhor com ela. Pretendo lançar um disco solo em poucos meses.<br />

— Depois que todas as peças tiverem sido encaixadas.<br />

— Exato! — concordou ele, levantando um brinde e provando a champanhe.<br />

— Você já fez trilhas sonoras para programas de realidade virtual?<br />

— Já, uma vez ou outra. Não é um mau trabalho, quando o programa é interessante.<br />

— E aposto que você sabe como encaixar sugestões subliminares neles.<br />

— Subliminares? — Fez uma pausa e tomou mais um gole. — Isso já é uma área puramente<br />

técnica.<br />

— Mas você é um técnico danado de bom, não é, Jess? Bom o bastante para conhecer<br />

computadores por dentro e por fora. E cérebros. Um cérebro é apenas um computador, não é?<br />

Não foi isso que você me falou?<br />

— Claro. — Seu foco estava totalmente em Eve, de modo que ele não reparou que Peabody<br />

estava começando a se interessar pelo rumo da conversa.<br />

— E você atua na área de melhorias do astral, o que leva a mudanças de comportamento.<br />

Padrões comportamentais e emocionais. Padrões de ondas cerebrais — e, pegando um gravador<br />

em sua mesa, colocou-o bem à vista.<br />

— Que diabo é isto? — ele colocou a taça na mesinha e foi mais para a frente, colocando-se na<br />

ponta da cadeira. — Qual é o lance?<br />

— O lance é que eu vou especificar todos os seus direitos, e depois nós vamos levar um papo.<br />

Policial Peabody, ligue o gravador e comece a anotar tudo, por favor.<br />

— Eu não concordei em participar da porra de um interrogatório! — Ele se levantou e Eve se<br />

levantou junto.<br />

— Por mim, tudo bem... Podemos obrigá-lo a isso, levando-o para a Central de Polícia. Pode<br />

ser que leve algum tempo. Eu não reservei uma sala de interrogatório. Mas você não vai se<br />

importar de passar algumas horas esperando, no xadrez.<br />

Lentamente, ele tornou a se sentar, comentando:<br />

— Você se transforma em tira bem depressa, Dallas.<br />

— Não, não é bem o caso... Eu sou tira o tempo todo. Sempre! Aqui fala a tenente Eve Dallas<br />

— começou a recitar para o gravador, e informou a hora e o local, antes de informar os direitos<br />

atualizados, os quais todo suspeito era obrigado a conhecer. — Você compreendeu bem todos os<br />

seus direitos e opções, Jess?<br />

— Sim, entendi tudo. Mas continuo sem saber a respeito do que estamos falando.<br />

— Então vou tornar tudo muito claro para você. Você está sendo interrogado sobre assuntos<br />

relacionados às mortes não solucionadas de Drew Mathias, S. T. Fitzhugh, senador George<br />

Pearly e Cerise Devane.<br />

— Quem?! — Ele pareceu convincentemente desnorteado. — Devane? Não foi a mulher que se<br />

jogou do Edifício Tatder? O que eu poderia ter a ver com um suicídio? Eu nem ao menos a<br />

conhecia...

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