Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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— Não... — Ela balançou a cabeça, gostando de ver que já estava começando a se sentir mais<br />
leve, pelo efeito do vinho. — Você vai conseguir construir algo sobre o qual as pessoas vão<br />
comentar durante séculos, enquanto sonham acordadas. Você subiu muito na vida desde o tempo<br />
em que era um ladrãozinho, atuando nos becos escuros de Dublin, Roarke.<br />
Seu sorriso surgiu, lento e ligeiramente astuto.<br />
— Não subi tanto assim não, tenente. Continuo a esvaziar os bolsos alheios, só que agora faço<br />
isso tão dentro da lei quanto me é possível. Estar casado com uma policial limita certas<br />
atividades.<br />
— Não quero nem ouvir falar delas! — afirmou ela, franzindo os olhos.<br />
— Querida Eve... — Ele se levantou, levando a garrafa junto com ele. — Tão certinha que<br />
ainda se sente pouco à vontade com o fato de ter se apaixonado loucamente por uma figura tão<br />
cheia de sombras à sua volta. — Tornou a encher o cálice dela e então colocou a garrafa de lado.<br />
— Uma figura que há poucos meses estava em sua pequena lista de suspeitos de assassinato.<br />
— Você curte isso? Ser alguém suspeito?<br />
— Curto — e passou o polegar na face de Eve, no local onde uma marca roxa havia estado até<br />
recentemente e desaparecera de todo, a não ser na sua mente. — Eu me preocupo um pouco com<br />
você — e me preocupo muito, admitiu para si mesmo.<br />
— Sou uma boa policial.<br />
— Eu sei disso. Você é o único elemento de toda a força policial que me fez sentir admiração.<br />
Que ironia do destino eu ter me apaixonado por uma mulher tão devotada à justiça...<br />
— Pois para mim parece ainda mais estranho que eu tenha me ligado a um homem que tem o<br />
poder de comprar e vender planetas por simples capricho.<br />
— Tenha me casado — corrigiu ele, rindo. Virando-a de costas, ele cheirou a nuca de Eve. —<br />
Vamos lá, diga a palavra! Nós estamos casados. A palavra não vai fazer você se engasgar.<br />
— Eu sei o que nós somos. — Ordenando a si mesma que relaxasse, ela se deixou inclinar,<br />
recostando-se nele. — Deixe-me curtir esse momento por um instante. Gosto de estar aqui, longe<br />
de tudo, com você.<br />
— Então isso significa que você ficou satisfeita por eu ter forçado a barra para você tirar três<br />
semanas de folga.<br />
— Você não forçou a barra...<br />
— Tive que atazanar você — e mordiscou sua orelha — ... intimidar você — suas mãos<br />
subiram até cobrir seus seios — ... implorar.<br />
Ela soltou uma risada de deboche.<br />
— Você?! Roarke, você jamais implorou por coisa alguma na vida. Mas talvez tenha me<br />
atazanado um pouco sim. Eu não tirava três semanas de férias no trabalho desde... nunca.<br />
Ele preferiu não lembrar a ela que, mesmo ali, ela não estivera o tempo todo exatamente de<br />
férias. Raramente se passava um dia inteiro sem que ela não usasse algum programa de realidade<br />
virtual que a colocava no combate a algum crime.<br />
— Por que não arredondamos para quatro semanas? — sugeriu.<br />
— Roarke...<br />
— Estava só testando... — e riu. — Beba o seu vinho. Você está longe de ficar bêbada o<br />
bastante para o que eu tenho em mente.<br />
— Ah, é? — Sua pulsação se acelerou, fazendo-a se sentir tola. — E o que seria isso?<br />
— Vai perder a graça se eu contar — encerrou ele. — Vamos dizer apenas que pretendo manter