Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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CAPÍTULO VINTE<br />
Não ia levar muito tempo, Eve calculou, para Peabody ou Feeney receber o seu sinal. Ela só<br />
precisava ganhar tempo. E tinha a impressão de que Reeanna estava disposta a fornecê-lo.<br />
Alguns egos, como algumas pessoas, se alimentam de admiração em doses regulares. Reeanna se<br />
encaixava nos dois padrões.<br />
— Você trabalhou com Jess?<br />
— Aquele amador!... — Reeanna jogou os cabelos para trás, desprezando a ideia. — Ele é um<br />
tocador de piano.... Não que não possua um certo talento para engenharia básica, mas lhe falta<br />
visão... E coragem — acrescentou, com um sorriso lento e felino. — As mulheres são muito mais<br />
corajosas e mais cruéis do que os homens, em tudo e por tudo. Você não concorda?<br />
— Não. Acho que coragem e crueldade não têm gênero.<br />
— Bem... — Desapontada, Reeanna apertou os lábios por algum tempo. — De qualquer modo,<br />
eu me correspondi com ele por um curto espaço de tempo, há uns dois anos. Trocamos ideias,<br />
teorias. O anonimato dos serviços clandestinos de e-mails vem bem a calhar. Eu gostava do jeito<br />
com que ele idolatrava a si mesmo e conseguia elogiálo o bastante para que compartilhasse<br />
comigo alguns dos seus progressos técnicos. Só que eu estava bem à frente dele. Francamente,<br />
jamais achei que ele chegaria tão longe quanto aparentemente chegou. Simples expansão do<br />
estado de espírito, imagino, com algumas sugestões diretas — e jogou a cabeça para o lado. —<br />
Cheguei perto?<br />
— E você foi mais além.<br />
— Ah, muitas léguas além! Por que não se senta, Eve? Nós duas ficaríamos mais confortáveis.<br />
— Estou bem confortável em pé.<br />
— Como quiser, mas chegue alguns passos para trás, se não se importa — e gesticulou com a<br />
arma. — E não tentaria pegar a sua arma, se fosse você. Eu seria obrigada a usar a minha, e ia<br />
detestar perder uma plateia tão atenta.<br />
Eve deu um passo para trás. Pensou em Roarke, vários andares acima. Ele não desceria até ali<br />
para procurá-la. Pelo menos ela não precisava ter essa preocupação. No máximo ele ligaria para<br />
ela, se encontrasse alguma coisa. Assim ele estava a salvo, e ela podia esticar o papo.<br />
— Você é médica — assinalou Eve. — Uma psiquiatra. Passou anos estudando, a fim de ajudar<br />
outros seres humanos. Por que tirar vidas, Reeanna, se você foi treinada para salvá-las?<br />
— Fui marcada para isso no momento da concepção, talvez...? — e sorriu. — Ah, não, você<br />
não gosta dessa teoria. Teria usado a ideia para ajudar no seu caso, mas não gosta dela. Você não<br />
sabe de onde veio, nem de quem... — notou os olhos de Eve piscarem e balançou a cabeça,<br />
satisfeita. — Estudei todos os dados disponíveis a respeito de Eve Dallas assim que soube que