Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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você.<br />
— Trabalho? São duas da manhã, e minha mulher está se sentindo, você sabe... — e piscou<br />
com jeito malandro — ... interessada.<br />
— Desculpe, segurem um pouco as suas glândulas. Roarke vai conseguir alguém para levar sua<br />
mulher embora para casa. Estou subindo aí para o salão de festas em dez minutos. Tome uma<br />
dose de Sober Up, se estiver precisando. Pode ser que tenhamos uma longa noite pela frente.<br />
— Sober Up? — Seu rosto desabou e assumiu feições rabugentas. — Eu batalhei a noite toda<br />
para ficar de porre e agora você quer me deixar sóbrio tomando esse troço? Qual é o lance?<br />
— Dez minutos! — repetiu ela, cortando-o.<br />
Sem pressa, Eve tirou o vestido da festa e descobriu novas marcas roxas que estavam<br />
começando a latejar. Levou alguns minutos passando um creme anestésico que cortou as dores,<br />
pelo menos nos lugares em que conseguiu alcançar, enfiou uma calça qualquer e uma blusa.<br />
Mesmo fazendo tudo isso, cumpriu o prazo que dera a Feeney, e exatamente dez minutos depois<br />
já estava entrando no terraço transformado em salão de festa.<br />
Roarke já estivera em ação por ali, reparou ela, e levara todos os convidados que ainda não<br />
tinham ido embora para outro lugar. Se havia pessoas relutantes em ir para casa, ele estava<br />
lidando com elas longe dali, deixando o palco livre para ela trabalhar.<br />
Feeney estava sentado sozinho em uma cadeira ao lado de uma tigela de patê dizimada por ele,<br />
que parecia aborrecido.<br />
— Você sabe direitinho como cortar o meu barato no meio de uma festa, Dallas. Minha mulher<br />
ficou tão empolgada por voltar para casa de limusine que até esqueceu que ia transar comigo. E<br />
Mavis estava à sua procura, por toda parte. Acho que ela ficou meio sentida por você não estar<br />
por aqui para parabenizá-la.<br />
— Eu conserto as coisas com ela mais tarde. — Seu tele-link portátil tocou, avisando que<br />
havia uma ligação em modo de espera. Leu o que apareceu escrito na tela do aparelho e mandou<br />
imprimir. — Pronto, chegou seu mandado.<br />
— Mandado? — Ele pegou uma trufa e a jogou na boca. — Mandado para quê?<br />
— Para desmontar aquilo — e Eve girou o corpo, gesticulando na direção do console. — Está<br />
preparado para fazer suas mágicas?<br />
Feeney engoliu a trufa, olhou para o console. Uma luz que alguns teriam chamado de amor<br />
brilhou em seus olhos.<br />
— Você quer que eu brinque com aquilo ali? Que legal!<br />
Feeney se animou, quase pulando em cima do equipamento e passando as mãos com reverência<br />
sobre ele. Eve o ouviu murmurar alguma coisa sobre TX-42, viagens sonoras em alta velocidade<br />
e capacidade de fundir imagens espelhadas.<br />
— Esse mandado me dá autoridade para abrir a fechadura codificada?<br />
— Dá. Feeney, isso é uma coisa muito séria...<br />
— Pode crer que sim... — e levantou as mãos, esfregando-as como um exímio especialista em<br />
abrir cofres vindo do século vinte, pronto para realizar o seu grande ato. — Esta maravilha aqui<br />
é realmente algo muito sério. O design é inspirado, a capacidade é muito acima da escala normal.<br />
Ele é...<br />
— Muito provavelmente responsável pela morte de quatro pessoas — interrompeu Eve,<br />
encaminhando-se até lá para ficar junto dele. — Deixe-me contar a história desde o início.<br />
Em menos de vinte minutos, utilizando o kit portátil que sempre trazia em seu carro, Feeney já