Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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— Na maioria das vezes. E com você acontece o mesmo: é exatamente o que quer ser.<br />
— Na maioria das vezes — murmurou. — Vou dar uma conferida no trabalho de Feeney e<br />
Peabody, depois que me encontrar com Reeanna. Ver se tem mais alguma ponta solta. Obrigada<br />
pelo jantar, e pelo seu tempo no computador.<br />
— Você pode me pagar isso de volta. — Ele tomou a mão dela e se levantou. — Eu quero, e<br />
muito, fazer amor com você esta noite.<br />
— Mas você não precisa pedir... — Um pouco perturbada, ela moveu os ombros. — A gente<br />
agora é casado e tudo o mais.<br />
— Digamos então que isso faz parte da fantasia — e se moveu na direção dela; tocou-lhe os<br />
lábios com os dele, sussurrando: — Deixe-me persuadi-la esta noite, querida Eve. Deixe-me<br />
surpreendê-la. Deixe-me... seduzi-la — e colocou a mão sobre o seu coração, sentindo um<br />
batimento forte e apressado. — Viu? — murmurou. — Já comecei a fazer isso...<br />
Os joelhos de Eve começaram a dobrar.<br />
— Obrigada!... Era exatamente disso que eu precisava para manter a mente focada no trabalho.<br />
— Duas horas. — Dessa vez ele mergulhou mais lentamente no beijo. — Depois disso, vamos<br />
fazer alguma coisa por nós mesmos.<br />
— Vou tentar. — Ela se afastou enquanto estava certa de que conseguiria sair, e caminhou<br />
apressada em direção à porta. Então, se virou para trás e simplesmente olhou para ele. — Duas<br />
horas — disse-lhe — e você pode terminar o que começou.<br />
Ela o ouviu rir ao fechar a porta e correr para o elevador.<br />
— Trigésimo nono andar, ala oeste! — ordenou, e se pegou sorrindo.<br />
Sim, eles tomariam de volta algumas coisas para eles mesmos, decidiu. Algo que Jess e seu<br />
brinquedo terrível tentaram roubar deles.<br />
De repente parou e seu sorriso desapareceu. Qual era o problema com ela?, perguntou a si<br />
mesma. Será que ela andara tão focada naquilo, em uma espécie de vingança pessoal, que estava<br />
perdendo algo maior? Ou menor?<br />
Se Mira estava certa, e Roarke acertara em cheio com a sua teoria do fodão-bundão, então ela<br />
estava totalmente fora da trilha. Já era hora, admitiu, de se reposicionar. Retomar o foco da<br />
história.<br />
Aqueles eram crimes tecnológicos, avaliou. Só que crimes tecnológicos continuavam a exigir<br />
os elementos humanos: motivo, emoção, ganância, ódio, ciúme e poder. Qual deles, ou qual a<br />
combinação deles, estava no centro de tudo? Ela conseguia enxergar apenas ganância e sede de<br />
poder em Jess. Mas ele seria capaz de matar por eles?<br />
Com a mente fria, reviu mentalmente a reação que ele apresentara diante das fotos das vítimas<br />
no necrotério. Será que um homem que provocara aquilo, direcionara as pessoas para aquele fim,<br />
reagiria com tanta repulsa ao encarar os resultados?<br />
Não era impossível, decidiu, mas não combinava com a imagem do assassino apertando um<br />
botão com frieza.<br />
Ele gostava de ver os resultados de seu trabalho, lembrou ela. Gostava de se autocongratular<br />
com eles e anotá-los em seu diário. Será que possuía algum outro diário, que o pessoal do<br />
laboratório não encontrara? Ela ia ter que dar uma passada em seu estúdio pessoalmente.<br />
Envolta em pensamentos, saltou no trigésimo nono andar, e analisou as paredes de vidro de um<br />
laboratório. O silêncio ali era total, e a segurança estava toda acionada, como ela notou pelas<br />
câmeras bem à vista e a luz vermelha dos vários detectores de movimento. Se ainda havia algum