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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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de prazer do satélite Régis III.<br />

Permitindo-se sonhar acordada por algum tempo, foi em direção à cozinha. O AutoChef já<br />

estava programado para café, e ela pediu dois, levou as canecas fumegantes de volta ao<br />

escritório e esperou com ar paciente enquanto Eve acabava de resmungar.<br />

Por fim, resolveu tomar um gole e se surpreendeu:<br />

— Deus, oh, meu Deus! É café de verdade! — Piscando os olhos devido ao choque, ela<br />

protegeu a caneca entre as duas mãos, com reverência. — Este café é de verdade!<br />

— É... O pior é que a gente fica mal acostumada. Eu mal posso aguentar aquela gosma preta<br />

que a gente toma na Central de Polícia. — Eve olhou para Peabody, notou a sua expressão de<br />

espanto e sorriu. Não fazia muito tempo que ela mesma tivera uma reação similar diante do café<br />

de Roarke. E ao próprio Roarke. — É o máximo, não é?<br />

— Eu jamais havia experimentado café de verdade antes. — Como se estivesse bebendo ouro<br />

líquido (com a destruição das florestas tropicais e das grandes plantações, aquilo tinha o mesmo<br />

valor), Peabody bebeu bem devagar. — É surpreendente!<br />

— Você tem meia hora para tomar uma overdose disso aí, enquanto a gente planeja a estratégia<br />

para hoje.<br />

— Então eu posso tomar mais?... — Peabody fechou os olhos e simplesmente sentiu o aroma.<br />

— Você é divina, Dallas!...<br />

Rindo e soltando o ar ao mesmo tempo, Eve pegou o tele-link que tocava.<br />

— Aqui é Dallas falando!... — atendeu ela, e então seu rosto se iluminou — Feeney!<br />

— Como é que está a vida de casada, garota?<br />

— Dá pra aguentar... Não está muito cedo para vocês, detetives eletrônicos, começarem a<br />

trabalhar?<br />

— Estou num sufoco aqui. Um desastre no computador do chefe. O palhaço de um hacker<br />

desses conseguiu invadir o sistema dele e quase joga tudo pro espaço.<br />

— Eles conseguiram entrar no sistema? — Os olhos de Eve se arregalaram de surpresa. Ela<br />

achava que nem o próprio Feeney, com seu toque mágico, seria capaz de invadir o sistema de<br />

segurança do chefe de polícia.<br />

— Parece que sim. E conseguiram dar um nó daqueles... Estou tentando achar as pontas —<br />

disse ele, alegremente. — Pensei em dar uma ligada para saber como vão as coisas, já que desde<br />

que você voltou a gente ainda não se viu.<br />

— Já voltei a mil por hora.<br />

— É que você não conhece nenhuma outra velocidade. É a investigadora principal do caso<br />

Fitzhugh?<br />

— Sou. Você tem algum lance sobre isso para me contar?<br />

— Não. Estão falando é que ele fritou a si próprio dessa vez, e ninguém por aqui está<br />

lamentando o fato. Aquele seboso adorava pressionar os tiras quando iam testemunhar no<br />

tribunal. De qualquer jeito, é estranho... o segundo suicídio de alguém importante em menos de<br />

um mês...<br />

— Segundo? — O interesse de Eve aumentou.<br />

— Foi. Ah, já sei, você estava em lua de mel, fazendo beicinhos e dando beijinhos no maridão,<br />

e não sabe de nada — e mexeu com as sobrancelhas ruivas e espessas, balançando-as para cima<br />

e para baixo. — Foi um senador lá em Washington, há umas duas semanas. Pulou da janela do<br />

Senado. Políticos e advogados... São todos pirados mesmo...

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