Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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— Vestígios podem ser apagados — murmurou Eve. — Ele estava cheio de marcas roxas. Se<br />
Fitzhugh estava drogado ou com a mente alterada por alguma substância química, não ia<br />
conseguir reagir. Vamos ver o que diz o relatório toxicológico.<br />
— Por que você quer tanto que o caso seja um homicídio?<br />
— Não quero. Só quero que faça sentido, e a autodeterminação do morto não se encaixa nessa<br />
história de suicídio. Talvez Fitzhugh não estivesse conseguindo dormir; talvez tenha se levantado.<br />
Alguém havia usado a sala de relaxamento. Ou foi armado um cenário para parecer isso.<br />
— Eu jamais havia visto nada daquele tipo — ponderou Peabody, lembrando-se do que vira.<br />
— Todos aqueles brinquedos eletrônicos em um só lugar. Aquela poltrona imensa com todos os<br />
controles, o telão, o bar automático, a estação de realidade virtual, o cilindro para levantar o<br />
astral. Já usou um desses, tenente?<br />
— Roarke tem um em casa. Eu não gosto. Prefiro ficar com o astral caindo e levantando de<br />
forma natural a usar uma máquina para programá-lo. — Eve avistou a figura que estava encostada<br />
ao capô do carro e bufou. — Agora mesmo, por exemplo, dá para sentir o meu astral mudando.<br />
Acho que estou prestes a me aborrecer.<br />
— Ora, Dallas e Peabody juntas novamente. — Nadine Furst, a repórter mais importante do<br />
Canal 75, se afastou com graça e suavidade do carro. — Como foi a lua de mel?<br />
— Assunto particular, Nadine — respondeu Eve, lacônica.<br />
— Ei, peraí!... Pensei que nós fôssemos amigas — e piscou para Peabody.<br />
— Você não perdeu um minuto para jogar a minha despedida de solteira no ar, sua amigadaonça.<br />
— Mas, Dallas... — Nadine abriu as lindas mãos. — Você prende um assassino e resolve um<br />
caso badalado e de interesse público bem na sua despedida de solteira, para a qual eu fora<br />
convidada, e não reconhece que isso é notícia? O público não apenas tinha todo o direito de<br />
saber como também se fartou, comendo a história toda às colheradas. Os índices de audiência do<br />
meu noticiário foram às alturas. Agora, veja só... Mal você volta da viagem de núpcias e já está<br />
no meio de outro caso grande. Qual foi o lance de agora, envolvendo Fitzhugh?<br />
— Ele morreu! E eu tenho um monte de trabalho pela frente, Nadine.<br />
— Ah, qual é, Eve? — Nadine puxou Eve pela manga da blusa. — Depois de tudo pelo que nós<br />
já passamos juntas? Libere pelo menos uma dica.<br />
— A dica é que os clientes de Fitzhugh vão ter que começar a procurar por outro advogado.<br />
Isso é tudo o que eu tenho para você, por agora.<br />
— Ah, vamos lá... Foi acidente, homicídio ou o quê?<br />
— Estamos investigando — respondeu Eve, de forma vaga, e digitou o código eletrônico para<br />
abrir o carro.<br />
— E você, o que me diz, Peabody? — Mas Peabody simplesmente sorriu e encolheu os<br />
ombros. — Sabe, Dallas, não é segredo para ninguém que você e o saudoso falecido não eram<br />
fãs um do outro. O bochicho no tribunal, ontem, é que ele se referiu a você como uma policial<br />
violenta que usava o distintivo como arma de ataque.<br />
— É uma pena que ele não possa mais dar a você e a seus colegas jornalistas declarações tão<br />
cheias de efeito quanto essa.<br />
Quando Eve bateu a porta do carro, Nadine se apoiou na janela, de forma teimosa, e pediu:<br />
— Então me dê uma declaração desse tipo você mesma...<br />
— S. T. Fitzhugh está morto. A polícia está investigando. Agora, desgruda daí!... — Eve ligou