Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Peabody chegou ao lado dele, o homem já estava estatelado de costas e com o nariz sangrando<br />
sem parar.<br />
— Este aqui apagou e o traficante deu no pé! — gritou ela para Eve.<br />
— Idiota. Dê o alarme. Peça a uma patrulha para vir para cá e mande levar esse aqui para o<br />
ambulatório. Quer correr atrás do outro?<br />
Peabody considerou a sugestão e balançou a cabeça, dizendo:<br />
— Não, não vale a pena. A patrulha pode pegá-lo com facilidade — pegou o comunicador e<br />
informou a sua localização enquanto voltava para junto de Eve. — O traficante ainda está do<br />
outro lado da rua e continua correndo — comentou para Eve. — Ele está em um skate aéreo, mas<br />
eu podia tentar persegui-lo.<br />
— Não estou sentindo muita empolgação em você para fazer isso. — Eve apertou os olhos,<br />
olhando para o traficante que continuava em frente, com o skate aéreo soltando fumaça. — Ei, seu<br />
babaca! — berrou ela. Está vendo esta policial aqui? — e apontou com o dedo para Peabody. —<br />
Vá vender seu bagulho em outra praia, senão eu vou mandar ela atirar em você com a arma no<br />
nível três só para ver você se mijar todo nas calças!<br />
— Piranha! — berrou ele de volta e sumiu em seu skate.<br />
— Você tem um jeitinho especial para lidar com os elementos da comunidade, Dallas.<br />
— É... Acho que é um dom. — Eve se virou, preparando-se para tornar a bater na porta, mas se<br />
viu cara a cara com uma mulher de proporções gigantescas. Tinha pelo menos dois metros de<br />
altura e ombros tão largos quanto uma rodovia. Seus músculos lançavam-se de uma camiseta de<br />
couro, sem mangas, e eram marcados por várias tatuagens. Por baixo da camiseta ela usava um<br />
colant unissex com cor de equimose. Exibia um piercing em forma de anel sob o nariz e tinha os<br />
cabelos cortados bem curtos, enfeitados por desenhos espiralados pretos.<br />
— Que porra de traficantes safados, não é? — comentou ela com uma voz que parecia o<br />
estrondo de um canhão. — São eles que fazem essa região feder tanto. Você é a tira amiga da<br />
Mavis?<br />
— Isso mesmo, e trouxe a minha própria tira também.<br />
A mulher olhou para Peabody de cima a baixo, com seus olhos azuis muito claros.<br />
— Legal!... Mavis diz que você é gente fina. Eu sou a Big Mary.<br />
— É big mesmo, com certeza! — reagiu Eve, virando a cabeça meio de lado.<br />
Levou uns dez segundos, mas então o rosto redondo de Big Mary se abriu, exibindo um sorriso<br />
cheio de dentes pontudos.<br />
— Vamos entrando... — convidou ela. — Jess ainda está esquentando o som. — À guisa de<br />
boas-vindas, pegou Eve pelo braço e a levantou com facilidade, pousando-a novamente no<br />
apertado vestíbulo. — Pode entrar também, tira da Dallas.<br />
— Peabody é o meu nome... — Olhando com desconfiança, Peabody se manteve fora do<br />
alcance de Big Mary.<br />
— Pea body... Isso em inglês quer dizer corpo de ervilha, não é? Legal, o nome combina,<br />
porque você é pouco maior do que uma ervilha mesmo. — Quase se acabando de rir da própria<br />
piada, Big Mary encaminhou Eve até um elevador todo acolchoado, entrou junto e ficou<br />
esperando a porta se fechar. As três ficaram esmagadas juntas, aconchegadas como sardinhas em<br />
lata enquanto Big Mary fazia a cabine subir apenas um andar. — Jess mandou que eu as levasse<br />
direto até a sala dos controles. Trouxeram grana?<br />
Para Eve era difícil manter qualquer tipo de dignidade, sabendo que seu nariz estava apertado