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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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Se tudo era codificado fisiologicamente, será que ela simplesmente seguira o padrão impresso<br />

dentro dela ao vir para Nova York, lutar como uma louca para sair da escuridão em que estava e<br />

transformar a sua vida em algo decente? E será que também fora uma mancha nesse mesmo<br />

código a responsável pelo bloqueio dos primeiros anos de sua vida, e que continuavam a<br />

assombrá-la, surgindo aos poucos, pedaço por pedaço, mesmo agora?<br />

E será que este tal código podia entrar em cena, em um determinado momento, e transformá-la<br />

em um reflexo do monstro que fora o seu pai?<br />

Ela não sabia nada a respeito de seus outros parentes. Sua mãe era um vazio em sua mente. Se<br />

havia irmãos, tias, tios ou avós, estavam todos perdidos no buraco negro de sua memória. Não<br />

havia ninguém que pudesse ter como referência para seu código genético, a não ser o homem que<br />

a espancara e estuprara repetidamente durante toda a sua infância, até que o terror e a dor<br />

reagiram e ela revidou.<br />

E o matou.<br />

Já havia sangue em suas mãos aos oito anos. Seria isso a causa de ela ter se transformado em<br />

uma policial? Será que estava apenas tentando lavar constantemente aquele sangue com regras e<br />

leis que alguns ainda chamavam de justiça?<br />

— Senhora?... Dallas? — Peabody colocou a mão sobre um dos ombros de Eve e deu um pulo<br />

para trás ao ver o susto que pregara nela. — Desculpe. Você está bem?<br />

— Não. — Eve apertou os olhos com os dedos. A conversa durante a sobremesa a afetara mais<br />

do que imaginou que pudesse. — E apenas uma dor de cabeça.<br />

— Tenho alguns analgésicos aprovados pelo departamento.<br />

— Não. — Eve tinha medo das drogas, mesmo em doses sancionadas oficialmente. — Vai<br />

passar. É que minhas ideias para o caso Fitzhugh estão acabando. Feeney me passou todos os<br />

dados conhecidos sobre o rapaz do resort Olympus . Não consegui encontrar uma correlação<br />

sequer entre ele e Fitzhugh, ou o senador. Não tenho nada de palpável para acusar Leanore e<br />

Arthur. Poderia requisitar uma sessão com o detector de mentiras para eles, mas não vou<br />

conseguir autorização. Acho que não vou nem conseguir manter o caso em aberto por mais de<br />

vinte e quatro horas.<br />

— Você continua achando que os casos têm relação uns com os outros?<br />

— Eu quero que eles estejam relacionados entre si, o que é uma coisa muito diferente. Acho<br />

que não estou lhe proporcionando um foco de empolgação no seu primeiro caso como minha<br />

auxiliar permanente, Peabody.<br />

— Ter sido designada como sua auxiliar permanente foi a melhor coisa que já me aconteceu —<br />

e Peabody ficou ligeiramente ruborizada. — Ficaria grata do mesmo jeito, mesmo que<br />

passássemos os próximos seis meses revirando casos que não fossem dar em nada. Mesmo que<br />

isso acontecesse, eu continuaria sendo treinada por você.<br />

— Você se satisfaz com pouco — comentou Eve, recostando-se na cadeira.<br />

Peabody virou a cabeça até que os seus olhos e os de Eve se encontraram.<br />

— Não, senhora, esse não é o caso. Quando não consigo o melhor é que fico realmente malhumorada.<br />

Eve riu, passou a mão pelo cabelo e brincou:<br />

— Agora você está puxando o meu saco, policial?<br />

— Não, senhora. Se estivesse a fim de bajulá-la, estaria fazendo alguma observação pessoal,<br />

do tipo "o casamento combina com a senhora, tenente; nunca a vi mais bonita". — Peabody sorriu

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