Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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— Cérebro brilhante, mas estômago fraco... — Feeney foi até o bebedouro que havia em um<br />
canto da sala e encheu um copo com água. — Tome, rapaz, veja se consegue colocar isso para<br />
dentro.<br />
Os olhos de Jess se encheram d'água. Os músculos de seu estômago pareciam feridos por<br />
dentro. A água respingava de dentro do copo, em suas mãos trêmulas, e Feeney teve que guiá-lo<br />
até a boca de Jess.<br />
— Vocês não podem me acusar de uma coisa dessas! — conseguiu dizer, com dificuldade. —<br />
Não podem!...<br />
— É o que vamos ver. — Eve deu um passo para o lado, a fim de que a auxiliar que chegara<br />
pudesse levá-lo para a enfermaria. — Preciso tomar um pouco de ar — murmurou, e também saiu<br />
da sala.<br />
— Espere um instante, Dallas — e Feeney saiu correndo atrás dela, deixando aos cuidados de<br />
Peabody as ordens para o pessoal da limpeza e o recolhimento das pastas e arquivos. —<br />
Precisamos conversar.<br />
— Minha sala é mais perto — e xingou baixinho ao sentir o joelho latejar. A atadura gelada já<br />
estava perdendo o efeito e precisava ser trocada. Seus quadris doíam também.<br />
— Você se arrebentou toda por causa daquele cara que assaltou o banco ontem, não foi? —<br />
Feeney deu uma risada de solidariedade ao vê-la mancar. — Já foi ao médico?<br />
— Depois... Agora, estou com o tempo curto. Vamos dar uma hora para o safado colocar o<br />
estômago em ordem, e então vamos atacá-lo novamente. Ele ainda não chamou o advogado, mas<br />
isso vai pintar a qualquer momento. Não vai lhe servir de nada, depois que a gente casar os<br />
padrões cerebrais que ele tinha no console com os das vítimas.<br />
— Esse é que é o problema. Sente-se, Eve — aconselhou ele, assim que colocaram o pé em sua<br />
sala. — Tire o peso do corpo de cima dessa perna.<br />
— O problema é com o joelho, e ficar sentada vai fazê-lo ficar ainda mais rígido. Qual é o<br />
problema? — perguntou ela, indo direto pegar um café.<br />
— Nada casa com nada... — Ele a avaliou com olhar de tristeza quando Eve se virou. —<br />
Nenhum dos registros bateu, em todo o grupo. Há muitos que ainda não foram identificados, mas<br />
eu tenho os padrões cerebrais de todas as vítimas. Não foi possível passar o scanner de cérebro<br />
durante a autópsia de Cerise Devane, mas consegui um de seu último exame médico. Nenhum<br />
deles combina com os arquivos de Jess, Dallas.<br />
Então ela acabou se sentando, com todo o peso do corpo. Nem precisava perguntar se ele tinha<br />
certeza daquilo. Feeney era tão cuidadoso e minucioso quanto um androide doméstico<br />
procurando pó pelas frestas e cantos da casa.<br />
— Tudo bem, então ele pode tê-los escondido em outro lugar. Já conseguimos um mandado<br />
para procurar no seu estúdio e em sua casa?<br />
— Uma equipe já está cuidando disso, nesse momento. Ainda não me enviaram nenhum<br />
relatório.<br />
— Ele pode ter um esconderijo, ou um cofre — e fechou os olhos. — Merda, Feeney, por que<br />
ele ia querer guardar os arquivos depois de acabar com as vítimas? Provavelmente os destruiu.<br />
Ele é arrogante, mas não é burro. Eles o incriminariam, e ele sabia disso.<br />
— Essa possibilidade é grande. Por outro lado, ele também poderia querer guardá-los como<br />
lembranças. Nunca deixo de me surpreender com as coisas que as pessoas guardam. Lembra<br />
daquele cara, no ano passado, que esquartejou a mulher? Guardou os olhos dela dentro de uma