Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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inquedo.<br />
— É isso que está deixando você revoltada, não é? — Furioso, ele se inclinou sobre a mesa.<br />
Seu sorriso não era mais de charme, e sim de ferocidade. — Você quer me punir porque deixei<br />
seu marido ligado. Deviam estar me agradecendo. Aposto que vocês dois treparam como coelhos<br />
selvagens.<br />
A mão de Eve formou uma bola dura como ferro que o acertou no queixo com toda a força,<br />
antes mesmo de seu cérebro registrar o ato. Ele caiu duro como uma pedra, de cara no chão, com<br />
os braços abertos, e esbarrou no tele-link dela, que voou pela sala.<br />
— Droga! — Ofegante, ela abriu o punho e tornou a fechá-lo. — Droga!<br />
A voz de Peabody surgiu, calma, entre o zumbido que havia em seus ouvidos.<br />
— Que fique registrado que o interrogado ameaçou a tenente fisicamente durante o<br />
interrogatório. Como resultado disso, ele perdeu o equilíbrio e caiu, batendo com a cabeça na<br />
mesa, e está momentaneamente desacordado.<br />
Embora Eve não conseguisse fazer mais nada, a não ser olhar para ela, Peabody se levantou,<br />
aproximou-se de Jess, agarrou-o pelo colarinho e ficou segurando-o, como que para se certificar<br />
de sua condição. Seus joelhos estavam bambos e, dos olhos, via-se apenas a parte branca.<br />
— Afirmativo! — confirmou ela, jogando-o sobre uma cadeira. — Tenente Dallas, acho que o<br />
seu gravador ficou danificado. — Com um movimento das mãos, Peabody entornou o café de Eve<br />
sobre o aparelho, efetivamente queimando seus circuitos. — O meu está funcionando<br />
perfeitamente, e será suficiente para servir de registro desse interrogatório. A senhora está<br />
ferida?<br />
— Não. — Eve fechou os olhos, e conseguiu se controlar novamente, falando na direção do<br />
gravador de Peabody: — Não, estou bem. Obrigada. O interrogatório foi interrompido à uma e<br />
trinta e três da manhã. O suspeito Jess Barrow será transportado para o Centro Médico<br />
Brightmore, para exames e tratamento, e deverá ser mantido lá até as nove horas da manhã,<br />
quando então este interrogatório terá continuidade, na Central de Polícia. Policial Peabody,<br />
providencie transporte. O suspeito ficará detido para questionamento, com acusações ainda<br />
pendentes.<br />
— Sim, senhora. — Peabody olhou para trás no momento em que a porta do escritório de<br />
Roarke se abria. Bastou uma olhada para seu rosto e ela viu que haveria problemas. — Tenente...<br />
— disse ela, com cuidado para manter o microfone do gravador meio abafado. — Estou tendo<br />
interferências no meu comunicador, e seu telelink parece ter sido danificado quando o suspeito<br />
bateu de cara no chão. Peço permissão para utilizar outra sala, a fim de chamar os paramédicos.<br />
— Vá em frente... — disse Eve, e suspirou enquanto via Roarke entrando e Peabody saindo. —<br />
Você não tinha nada que ficar monitorando este interrogatório! — começou ela.<br />
— Sinto discordar, pois acho que assistir a isso tinha tudo a ver comigo — e baixou os olhos<br />
na direção da cadeira onde Jess naquele instante gemia e começava a se mexer. — Ele está<br />
voltando a si. Gostaria de ter aquele momento a sós com ele agora...<br />
— Ouça, Roarke...<br />
— Agora, Eve!... — disse ele com a voz firme, cortando-a com um olhar curto e gélido. —<br />
Deixe-nos a sós!<br />
Aquele era o problema entre eles, como casal, foi o que Eve descobriu naquele instante.<br />
Ambos estavam tão habituados a dar ordens que nenhum dos dois sabia recebê-las. Ela se<br />
lembrou, porém, do olhar arrasado que viu em seus olhos no momento em que Roarke se afastara