Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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estava debruçado na mureta do terraço, com uma postura que transmitia ansiedade.<br />
Enquanto se aproximava dele, Eve começou a xingar baixinho ao ouvir o barulho dos<br />
helicópteros acima dela, e a seguir amaldiçoou a mídia, mais uma vez, ao avistar a primeira van<br />
de reportagens aéreas. Canal 75, naturalmente, refletiu. Nadine Furst era a primeira a colocar o<br />
pé na pista assim que ouvia o tiro de largada.<br />
O psiquiatra se colocou mais ereto e alisou a trancinha para aparecer diante das câmeras. Eve<br />
decidiu que ia detestá-lo.<br />
— Doutor? — ela exibiu-lhe o distintivo e notou a indisfarçável empolgação em seus olhos.<br />
Tudo o que Eve conseguiu pensar foi que uma companhia com o tamanho e a força da Tattler<br />
deveria ter condições de contratar um profissional melhor.<br />
— Tenente, acredito que estou conseguindo alguns progressos com a paciente.<br />
— Mas ela ainda está na saliência do prédio, não está? — apontou Eve, e ficou ao lado dele,<br />
debruçando-se também. — Cerise? — chamou ela.<br />
— Mais companhia?<br />
Magra e bonita, com uma pele que tinha um tom rosado e pernas bem-torneadas que<br />
balançavam alegremente, Cerise olhou para cima. Seus cabelos eram pretos como carvão, com<br />
ondulações bem-cuidadas que tremulavam na brisa. Tinha um rosto astuto, inteligente e<br />
penetrantes olhos verdes. Só que, naquele momento, os olhos pareciam distantes e sonhadores.<br />
— Ora... Você é a Eve, não é? Eve Dallas, a famosa noiva. Seu casamento foi lindo, por sinal.<br />
Realmente foi o evento social mais importante do ano. Mobilizamos milhares de unidades para<br />
fazer a cobertura.<br />
— Que bom para vocês...<br />
— Sabe de uma coisa, fiquei com os departamentos de busca e pesquisa tentando de mil formas<br />
conseguir o itinerário da lua de mel de vocês. Acho que só mesmo o Roarke teria conseguido<br />
fugir tão completamente da mídia — e balançou o dedo indicador como quem está dando uma<br />
bronca, de brincadeira, e seus seios joviais balançaram junto. — Vocês deviam ter<br />
compartilhado a viagem com a gente, pelo menos um pouquinho. O público estava louco para<br />
saber.<br />
Deu uma gargalhada ao dizer isso, resvalou para a frente e quase perdeu o equilíbrio, dizendo:<br />
— Opa... Ainda não... Estamos todos morrendo de vontade de saber... Está muito divertido isso<br />
aqui, não quero que acabe tão depressa. — Ajeitando o corpo e ficando com as costas retas,<br />
acenou para os helicópteros da mídia. — Normalmente eu odeio o pessoal da mídia em vídeo.<br />
Não consigo descobrir por quê, no momento. Amo vocês todos! — gritou, abrindo os braços.<br />
— Que bonito, Cerise! Agora, por que não volta aqui para cima por um minuto? Vou lhe passar<br />
algumas informações sobre a lua de mel. Com exclusividade.<br />
— Hã-hã... — Cerise fez que não com a cabeça e sorriu de forma astuta. A recusa foi em tom<br />
de brincadeira novamente, acompanhada de uma risadinha. — Por que não vem você aqui para<br />
fora e se junta a mim? Você pode descer comigo. Pode acreditar, é o máximo!<br />
— Olhe, senhorita Devane — começou o psiquiatra —, todos têm seus momentos de desespero.<br />
Eu a compreendo, estou com a senhorita. Sou capaz de ouvir os seus pesares.<br />
— Ah, enfia os meus pesares! — e Cerise desvencilhou-se dele com um gesto. — Estou<br />
conversando com Eve. Venha até aqui, querida, mas não chegue muito perto! — e balançou a lata<br />
de spray, dando risadinhas. — Venha fazer parte dessa festa!<br />
— Tenente, eu recomendo que a senhora não...