Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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maxilar. A força do golpe foi tão intensa que lhe irradiou dor e uma sensação de poder pelo<br />
braço acima.<br />
Pessoas gritavam, tentando buscar abrigo em um mundo sombrio onde nada e ninguém estavam<br />
a salvo. Ela girou o corpo todo e usou o impulso do giro para atacá-lo com um chute violento que<br />
estraçalhou o nariz de seu adversário. O sangue jorrou, acrescentando um novo item ao caldo de<br />
odores enjoativos que enchia o ar.<br />
Os olhos do homem ficaram ainda mais ferozes, e ele mal se abalou, mesmo com o golpe. Dor<br />
não significava nada para quem estava com o sistema transbordando com a mais forte das drogas.<br />
Sorrindo enquanto o sangue lhe escorria pelo rosto, ele espalmou e agarrou com mais força o<br />
grosso cano que trazia nas mãos.<br />
— Vou matar você! Vou matar você, sua policial piranha! — e levantou o cano, girando-o no ar<br />
como se fosse um chicote. Sorria, sorria o tempo todo, enquanto sangrava. — Vou rachar a sua<br />
cabeça em duas e comer os seus miolos!<br />
Saber que ele estava falando sério fez seu sangue bombear ainda mais adrenalina. Agora era<br />
um caso de vida ou morte. A respiração dela vinha em espasmos, e o suor parecia lhe escorrer<br />
pela pele, como óleo. Ela se desviou do golpe seguinte e se colocou de joelhos. Colocando a<br />
mão no cano da bota, pôs-se em pé de novo, sorrindo.<br />
— Em vez dos meus miolos, experimente isto, seu filho da mãe! — Com a arma reserva na<br />
mão, Eve nem se deu ao trabalho de colocá-la no modo de atordoamento. Tentar deixar o<br />
oponente atordoado não adiantaria nada, pois ele estava cheio de Zeus e tinha cento e vinte<br />
quilos. A arma estava ajustada para exterminar.<br />
Enquanto ele voava para cima dela, o golpe o atingiu com força máxima. Os olhos dele<br />
morreram antes. Ela já vira isso acontecer, em outra ocasião. Eram olhos que se transformavam<br />
em vidro, como os de uma boneca, no instante do disparo, apesar de ele vir caindo sobre ela.<br />
Eve se arrastou para o lado, preparada para atirar novamente, mas o cano escorregou lentamente<br />
dos dedos dele. Seu corpo começou a estremecer na dança macabra que se seguia à sobrecarga<br />
do sistema nervoso.<br />
Caiu aos pés dela, uma massa de humanidade destruída que quis brincar de Deus.<br />
— Você nunca mais vai sacrificar virgens, babaca! — murmurou, e enquanto a energia de seu<br />
corpo ia se dissolvendo, passou a mão sobre o rosto enquanto abaixava a arma.<br />
O som suave de couro sobre o concreto a alertou. Ela tentou girar o corpo, tornando a levantar<br />
a arma, mas braços fortes a seguraram por trás e a levantaram no ar.<br />
— Nunca se esqueça de vigiar a retaguarda, tenente — a voz sussurrou, e dentes fortes<br />
mordiscaram-lhe a ponta da orelha.<br />
— Roarke! Que droga, eu quase atirei em você!<br />
— Você não chegou nem perto disso. — Com uma risada, ele a virou de frente para ele e, um<br />
segundo depois, sua boca já estava sobre a dela, quente, faminta. — Adoro ver você trabalhar...<br />
— murmurou ele enquanto sua mão rápida e esperta subiu pelo corpo dela até envolver-lhe o<br />
seio. — É... estimulante!<br />
— Corta essa! — Mas seu coração já estava batucando, em reação às palavras dele; além<br />
disso, a ordem que deu fora muito fraca. — Este aqui não é um lugar para jogos de sedução.<br />
— Ao contrário. Uma lua de mel é a ocasião tradicional para jogos de sedução. — Ele a<br />
empurrou um pouco para trás, mantendo as mãos sobre os seus ombros. — Estava me<br />
perguntando para onde é que você tinha ido. Devia ter adivinhado — e olhou para o corpo que