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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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ficava paranoico só de pensar que alguém podia mexer ali.<br />

— O sistema de abertura de porta por reconhecimento palmar estava codificado para mais<br />

alguém, além de vocês dois?<br />

— Não.<br />

— Certo. Então, o que aconteceu?<br />

— Eu o vi. Assim que entrei. Subi para chamar vocês dois na mesma hora.<br />

— Tudo bem. E quando foi a última vez que o viu com vida?<br />

— Hoje de manhã. — Carter esfregou os olhos, tentando visualizar a normalidade da cena. As<br />

luzes, a comida, a troca de ideias. — Conversamos amenidades, tomamos o café da manhã.<br />

— E como ele estava? Parecia aborrecido, ou deprimido?<br />

— Não. — Os olhos de Carter ficaram mais focados de repente, e se animaram pela primeira<br />

vez. — É isso que eu não consigo aceitar. Ele parecia ótimo. Estava brincando comigo, pegando<br />

no meu pé e me zoando por causa de Lisa, por eu não ter ainda... você sabe... me dado bem.<br />

Estávamos zoando um ao outro, só de brincadeira. Eu disse a Drew que ele não se dava bem com<br />

uma garota há tanto tempo que, quando isso acontecesse, ele nem ia perceber. E perguntei por que<br />

ele não arrumava uma companhia para sair conosco e aprender como é que se fazia.<br />

— Ele estava se encontrando com alguém?<br />

— Não. Vivia falando sobre uma namorada que ele tem, que não mora aqui na estação espacial.<br />

Minha gata. Era assim que ele a chamava. Estava planejando usar as próximas folgas para<br />

visitá-la. Comentou que ela era perfeita: tinha cérebro, beleza, um lindo corpo e um tesão<br />

infindável. Para que ele iria perder tempo com modelos inferiores quando possuía o topo de<br />

linha à sua espera?<br />

— Você não sabe o nome dela?<br />

— Não. Era apenas A Minha Gata. Para ser franco, acho que ele inventou essa história toda.<br />

Drew não era o tipo do cara que atrai as "gatas", entende? Era tímido com as mulheres, e se<br />

ligava mais em jogos de fantasia, realidade virtual e bonecos automatizados. Estava sempre<br />

trabalhando em algo desse tipo.<br />

— E ele tinha outros amigos?<br />

— Não muitos. Vivia em contato com as pessoas, mas era muito na dele, um cara introvertido,<br />

sabe como é?<br />

— Ele usava drogas químicas, Carter?<br />

— Claro. Alguns estimulantes básicos, quando estava a fim de virar a noite trabalhando.<br />

— E drogas ilegais, Carter? Ele as usava?<br />

— Drew? — Seus olhos cansados se arregalaram. — Nem pensar! Em absoluto, de jeito<br />

nenhum! Ele era um cara todo certinho, jamais se envolveria com drogas ilegais, tenente. Tinta<br />

uma cabeça boa, e queria se manter assim. E gostava muito do emprego que tinha, queria subir na<br />

carreira. Por aqui, a gente pode se queimar por causa de drogas. Basta ser pego uma vez, em uma<br />

inspeção de rotina.<br />

— Tem certeza de que você saberia se ele tivesse resolvido experimentar?<br />

— Depois de conviver com alguém durante cinco meses, já dá para a gente conhecer bem a<br />

pessoa. — Os olhos de Carter ficaram muito tristes novamente. — A gente se acostuma com a<br />

pessoa, conhece seus hábitos e tudo o mais. Como eu lhe disse, ele não costumava buscar a<br />

companhia de outras pessoas. Sentia-se muito mais feliz sozinho, brincando com o seu<br />

equipamento e inventando novos lances para os seus programas de simulação da vida real.

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