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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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anda fazendo pesquisas por trás dos panos para projetar aparelhos de realidade virtual usando<br />

padrões personalizados de ondas cerebrais?<br />

— Isso é ilegal, tenente.<br />

— Roarke.<br />

— Não. Houve um tempo em que eu teria me aventurado em uma série de áreas não<br />

essencialmente legais, quando se tratava de negócios. Essa jamais foi uma delas. E não —<br />

acrescentou ele, antecipando a pergunta seguinte. — Aquele modelo de óculos virtuais é para uso<br />

universal, não foram projetados para uso individual. Apenas os programas podem ser<br />

personalizados ao gosto do usuário, e por ele próprio. O que você está propondo teria um custo<br />

proibitivo, além de ser logisticamente confuso e, resumindo, traria muitas dores de cabeça para a<br />

empresa.<br />

— Certo, foi o que imaginei. — Seus músculos relaxaram. — Mas isso pode ser feito?<br />

Ele parou por um momento, pensativo, e depois levantou os ombros.<br />

— Não faço ideia. Você precisaria ter cooperação do indivíduo para ter acesso às suas ondas<br />

cerebrais. Isso envolveria aprovação pessoal e consentimento. Além disso... Bem, não tenho a<br />

menor ideia — repetiu.<br />

— Se eu conseguisse conversar com Feeney a sós... — e girou a cabeça, tentando achar o<br />

detetive de eletrônicos no meio da multidão que se movimentava.<br />

— Tire a noite de folga, tenente. — Roarke envolveu-a com o braço. — Mavis está a poucos<br />

minutos de seu momento de glória, sob os refletores.<br />

— Certo. — Eve se forçou a empurrar a preocupação para o fundo da mente, enquanto Jess se<br />

instalava em seu console e tocava um refrão de introdução. Amanhã, prometeu a si mesma, e<br />

puxou os aplausos ao ver Mavis pisar no palco.<br />

A partir desse instante, toda a preocupação se foi, dissolvida pela explosão de energia de<br />

Mavis e seu próprio prazer feérico enquanto as luzes, a música e o profissionalismo de tudo<br />

aquilo se combinavam em um vertiginoso caleidoscópio.<br />

— Ela é muito boa, não é? — Eve nem notou que apertava demais o braço de Roarke, como<br />

uma mãe vendo a filha no teatrinho da escola. — Diferente, estranha, mas ótima!<br />

— Ela é tudo isso. — O confronto furioso de notas musicais, efeitos sonoros e vocais jamais<br />

seriam o seu estilo de música preferido, mas Roarke se pegou sorrindo. — Ela cativou toda a<br />

plateia. Pode relaxar.<br />

— Estou relaxada.<br />

Ele riu e a abraçou com mais força, puxando-a para junto dele.<br />

— Você está tão inchada de orgulho que, se estivesse usando uma roupa com botões, eles já<br />

teriam pulado. — Roarke não se importou com o fato de ser obrigado a colocar a boca junto da<br />

orelha de Eve para que ela pudesse ouvi-lo. E, já que estava ali mesmo, acrescentou uma<br />

sugestão bem criativa para os dois fazerem depois da festa.<br />

— O quê? — Eve sentiu um calor subir-lhe por dentro. — Acho que este ato em particular é<br />

ilegal neste Estado. Vou confirmar no meu livro de códigos e lhe dou um retorno. Pare com isso!<br />

— Ela levantou um dos ombros em reação aos dentes dele que trabalhavam em sua orelha junto<br />

com a língua.<br />

— Eu quero você! — O desejo arrepiou-lhe toda a pele como uma erupção urgente, uma<br />

comichão que precisava ser coçada de imediato. — Quero você agora!<br />

— Você não pode estar falando sério... — começou a dizer, mas sentiu que ele estava falando a

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