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Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

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— Mas já vesti, e posso tornar a fazê-lo, numa boa... e, Jess?... — completou ela, abrindo a<br />

fechadura codificada. — Não me chame de "docinho".<br />

Eve entrou e acenou com a cabeça para Peabody, que se mostrou intrigada, porém atenta.<br />

— Sente-se — ofereceu a Jess, indo diretamente para a sua mesa de trabalho.<br />

— Bonita decoração... Bem, oi, gatinha... — Ele não conseguia se lembrar do nome de<br />

Peabody de jeito nenhum, mas sorriu com satisfação ao vê-la, como se os dois fossem amigos<br />

antigos e muito chegados. — Assistiu à apresentação?<br />

— Quase toda.<br />

— E então, o que achou? — e se largou em uma cadeira.<br />

— Achei ótimo! Você e Mavis realmente sabem como dar um show! — e arriscou um sorriso,<br />

já que não tinha muita certeza do que Eve queria dela. — Já estou a fim de comprar o primeiro<br />

disco.<br />

— É assim que se fala... É isso que eu gosto de ouvir. Será que um cara com sede consegue<br />

beber alguma coisa por aqui? — perguntou a Eve. — Gosto de ficar a seco antes do espetáculo,<br />

mas agora já estou mais do que preparado para molhar o bico.<br />

— Tudo bem. O que prefere tomar?<br />

— Aquela champanhe me pareceu muito boa.<br />

— Peabody, deve ter uma garrafa na cozinha. Sirva uma taça para o nosso amigo aqui, por<br />

favor. E, aproveitando que você vai lá, por que não nos traz um pouco de café?<br />

Eve se recostou na cadeira e considerou a situação. Tecnicamente, ela deveria começar a<br />

gravar a entrevista a partir daquele ponto, mas queria envolvê-lo um pouco primeiro, antes de<br />

registrar a conversa.<br />

— Uma pessoa como você, Jess, que prepara não apenas a música, mas também a atmosfera<br />

que a envolve, deve ser tanto um técnico quanto um artista, certo? Creio que era isso que você<br />

estava me explicando antes da apresentação.<br />

— Bem, é assim que o mundo do show business vem funcionando há muitos anos — e balançou<br />

uma de suas lindas mãos, em cujo pulso havia um bracelete de ouro. — Tenho a sorte de ter<br />

talento e interesse nas duas áreas. Os dias de tentar arrancar uma melodia das teclas de um piano<br />

ou dedilhar um refrão repetitivo das cordas de um violão vão seguindo o mesmo caminho do<br />

combustível fóssil: estão quase extintos.<br />

— Onde você conseguiu o seu treinamento técnico? Eu diria que ele está muito além do comum.<br />

Jess lançou um novo sorriso no momento em que Peabody voltava com as bebidas. Estava<br />

confortável, relaxado e imaginava que estava em meio a uma espécie de entrevista de emprego.<br />

— Aprendi o que sei trabalhando muito basicamente, e passei um bocado de noites em claro.<br />

Mas também me formei fazendo o curso on-line do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o<br />

famoso MIT.<br />

Eve já sabia daqueles dados pela pesquisa de Peabody, mas queria arrancar aquilo da boca de<br />

Jess.<br />

— Isso é muito impressionante! E você adquiriu fama tanto na execução das músicas quanto<br />

como arranjador e compositor. Não estou certa, Peabody?<br />

— Está. Tenho todos os seus discos, e estou louca para que você lance algo novo. Já faz algum<br />

tempo que você não grava...<br />

— Eu também já ouvi comentários sobre isso. — Eve chutou a bola que Peabody, sem querer,<br />

levantara. — Anda sem inspiração, Jess?

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