Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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caixinha de música...<br />
— É... eu me lembro. — De onde será que tinha vindo aquela dor de cabeça?, perguntou a si<br />
mesma enquanto esfregava as têmporas inutilmente, tentando eliminá-la. — Então, quem sabe a<br />
gente tem um golpe de sorte. Se não conseguirmos, já temos o bastante para enquadrá-lo agora. E<br />
ainda há uma grande probabilidade de quebrá-lo, e ele confessar.<br />
— Aí é que está, Dallas... — Feeney se sentou na beira da mesa e pegou o saquinho com<br />
amêndoas revestidas de açúcar. — A coisa não encaixa.<br />
— Como assim a coisa não encaixa? A gente o pegou no flagra!<br />
— A gente o pegou no flagra, com certeza. Mas não por assassinato. — Com ar pensativo,<br />
Feeney mastigava lentamente uma amêndoa. — Não consigo me convencer disso. O cara que<br />
projetou aquele equipamento é brilhante, com a mente meio distorcida, autocentrado... O cara que<br />
a gente acabou de sacudir é todas essas coisas, e você pode até jogar um pouco de infantilidade<br />
também. Trata-se de um jogo, para ele, um jogo com o qual ele quer obter uma grana preta. Mas<br />
assassinato...<br />
— É que você se apaixonou pelo console dele, Feeney.<br />
— Isso é verdade — admitiu ele, sem se sentir embaraçado. — Ele é um cara fraco, Dallas, e<br />
não estou falando apenas do seu estômago. Como é que ele vai se tornar um cara rico matando um<br />
monte de gente?<br />
— Será que você nunca ouviu falar em crimes por encomenda? — e levantou uma sobrancelha.<br />
— Aquele rapaz não teria coragem para isso, nem a frieza — e comeu outra amêndoa. — E<br />
qual o motivo para levá-las a se matar? E como escolheu as vítimas? Por sorteio? E tem mais<br />
uma coisa... O que ele faz necessita de proximidade com a pessoa, para alcançar o subconsciente<br />
dela, na hora do fato. A gente não consegue colocá-lo em nenhuma das cenas dos crimes.<br />
— Mas ele disse algo a respeito da possibilidade de usar um controle remoto.<br />
— Disse, e ele tem um muito bom, mas não dá para comandar uma opção como essa, não na<br />
minha opinião.<br />
— Você não está me ajudando muito, Feeney... — Sentou-se, meio derrotada.<br />
— Estou apenas lhe dando ideias para analisar. Se tem a mão dele nesses crimes, ele teve<br />
ajuda. Ou um outro equipamento portátil, mais personalizado.<br />
— O programa poderia ser adaptado para uso em óculos de realidade virtual?<br />
A ideia o deixou intrigado, fez seus olhos de cachorro sem dono começarem a brilhar.<br />
— Não dá para afirmar com certeza, Dallas. Vai levar algum tempo para eu pesquisar isso.<br />
— Espero que você consiga esse tempo. Ele é tudo o que temos, Feeney. Se eu não conseguir<br />
enquadrá-lo, ele vai escapar impune dos assassinatos. Prendê-lo por dez, vinte anos ou sei lá<br />
quanto a gente conseguiria não vai me deixar satisfeita — e soltou o ar. — Ele vai aceitar se<br />
submeter a uma avaliação psiquiátrica. É capaz de topar qualquer coisa, se achar que vai se dar<br />
bem. Talvez Mira consiga pegá-lo.<br />
— Então, mande-o para ela depois do intervalo — sugeriu Fee-ney. — Deixe Mira ficar com<br />
ele por algumas horas e faça um favor a si mesma. Vá para casa, a fim de comer e dormir um<br />
pouco. Saco vazio não fica em pé.<br />
— Talvez eu faça isso. Vou arranjar as coisas com Whitney. Umas duas horas de descanso<br />
talvez ajudem a clarear a minha cabeça. Devo estar deixando passar algum detalhe.