18.04.2013 Views

Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

de leve quando Eve soltou o ar, prendendo o riso. — É assim que a senhora ia saber que eu<br />

estava puxando o seu saco.<br />

— Certo, está devidamente registrado. — Eve considerou por um momento, e então jogou a<br />

cabeça para o lado, perguntando: — Você não me disse que descendia de pais partidários da<br />

Família Livre, veio do interior e foi criada em um ambiente onde o espírito liberto e tolerante era<br />

incentivado?<br />

— Sim, senhora... — Peabody não olhou para o teto, frustrada mas bem que teve vontade.<br />

— Policiais geralmente não vêm de famílias assim. Artistas, fazendeiros, eventualmente<br />

cientistas e um monte de gente que faz artesanato sim, mas policiais, não.<br />

— E que eu não gostava de tecer tapetes no tear.<br />

— E você sabe fazer isso?...<br />

— Se estiver sob a mira de um laser, sim.<br />

— Então, o que houve? Sua família a deixou irritada e você decidiu quebrar o padrão, partindo<br />

para um campo completamente diferente dos ideais pacifistas deles?<br />

— Não, senhora. — Intrigada com aquela série de perguntas, Peabody encolheu os ombros. —<br />

Minha família é o máximo! Ainda somos muito unidos. Eles jamais poderiam compreender o que<br />

eu quero ou tenciono fazer, mas nunca tentaram me impedir. Simplesmente eu queria ser policial,<br />

da mesma forma que meu irmão queria ser carpinteiro e minha irmã, fazendeira. Uma das maiores<br />

características da Família Livre é o respeito à expressão individual.<br />

— Mas você não se encaixa na teoria do código genético — murmurou Eve, batendo com as<br />

pontas dos dedos sobre a mesa. — Não se encaixa mesmo! Hereditariedade e ambiente, padrões<br />

determinados pelos genes... tudo isso deveria ter influenciado você de forma diferente.<br />

— Bem que os bandidos gostariam que isso tivesse acontecido — disse Peabody, séria. — Só<br />

que estou aqui, mantendo a cidade segura.<br />

— Se você sentir uma vontade repentina de tecer um tapete usando um tear...<br />

— Pode deixar que você vai ser a primeira a saber.<br />

O computador de Eve apitou duas vezes, informando que alguns dados estavam sendo enviados.<br />

— É a autópsia adicional que eu pedi para o rapaz — e fez um sinal para que Peabody se<br />

aproximasse. — Liste qualquer anormalidade encontrada no cérebro! — ordenou para a máquina.<br />

Anormalidade microscópica no hemisfério cerebral direito, lobo frontal, quadrante<br />

esquerdo. Inexplicável. Pesquisas mais extensas e testes estão sendo realizados.<br />

— Ora, ora... Acho que acabamos de encontrar uma brecha. Exiba a imagem do lobo frontal e<br />

da anormalidade. — A seção longitudinal do cérebro surgiu na tela. — Veja... é aqui! — Uma<br />

súbita onda de empolgação sacudiu-lhe o estômago enquanto Eve dava tapinhas na tela. — Essa<br />

sombra, como se fosse um furinho feito por um alfinete. Consegue ver?<br />

— Muito mal. — Peabody se inclinou mais para perto, até que ficou com o rosto quase colado<br />

ao de Eve. — Parece um defeito da transmissão.<br />

— Não, é um defeito do cérebro. Amplie o quadrante 6 em vinte por cento.<br />

A imagem foi trocada e a seção onde estava a pequena mancha encheu a tela.<br />

— Mais parece uma queimadura do que um buraco, não é? — disse Eve para si mesma. — Mal<br />

pode ser enxergada, mas que tipo de danos e influência isso teria no comportamento,<br />

personalidade e tomada de decisões?

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!