Mortal: Livro 04 - Êxtase Mortal - Multi Download
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— Acorde agora...<br />
Ele beijou-lhe a têmpora, lutando para encontrar um modo de tranquiliza-la. Se tivesse esse<br />
poder, ele voltaria no tempo e mataria, com alegria, aquilo que a assombrava.<br />
— Acorde, querida. Sou eu, Roarke. Ninguém vai magoar você. Ele se foi — murmurou,<br />
quando ela parou de lutar com ele e começou a tremer. — Ele nunca mais vai voltar.<br />
— Eu estou bem... — Ela sempre se sentia humilhada quando era pega no auge de um pesadelo.<br />
— Está tudo bem agora.<br />
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— Eu não estou bem. — Ele continuava abraçado a ela, acariciando-a até que os tremores<br />
começaram a diminuir. — Esse foi um dos grandes.<br />
Ela ficou de olhos fechados e tentou se concentrar no perfume dele; um cheiro de limpeza e<br />
masculinidade.<br />
— Lembre-me sempre de que não devo ir para a cama depois de me empanturrar de espaguete<br />
com molho forte. — Ela viu que ele estava totalmente vestido e a luminosidade do quarto estava<br />
bem baixa. — Você ainda nem veio para a cama.<br />
— Acabei de chegar. — Ele a afastou um pouco dele para poder observar seu rosto e limpar<br />
uma lágrima que descia lentamente pela sua bochecha. — Você ainda está pálida. — Aquilo o<br />
deixava arrasado, e sua voz tinha uma ponta de irritação. — Por que, diabos, você não toma pelo<br />
menos um calmante?<br />
— Não gosto de calmantes. — Como sempre, o pesadelo a deixara com uma terrível e latejante<br />
dor de cabeça. Sabendo que Roarke ia reparar naquilo também, se a analisasse muito de perto,<br />
ela se afastou um pouco mais dele. — Não tomo calmantes já faz algum tempo. Semanas, na<br />
verdade. — Mais calma agora, ela esfregou os olhos cansados. — Esse pesadelo foi totalmente<br />
confuso. Muito estranho. Talvez tenha sido por causa do vinho.<br />
— Ou talvez o estresse. Você trabalha até desabar...<br />
Ela virou a cabeça de lado e olhou para o relógio que estava no pulso dele, perguntando:<br />
— E quem foi que acabou de chegar do escritório às duas da manhã? — e sorriu, em uma<br />
tentativa de espalhar a preocupação que viu em seus olhos. — E aí? Tem comprado alguns<br />
planetinhas novos ultimamente?<br />
— Não, só uns satélites insignificantes. — Ele se levantou, despiu a camisa e então levantou<br />
uma sobrancelha quando a pegou dando uma olhada interessada em seu peito nu. — Eve, você<br />
está muito cansada...<br />
— Mas eu não preciso me cansar. Você pode fazer todo o trabalho.<br />
Rindo, ele se sentou para tirar os sapatos.<br />
— Obrigado pelo oferecimento, mas que tal esperarmos até você estar com energia suficiente<br />
para participar da transa?<br />
— Nossa, isso parece papo de gente casada!... — Mas deixou-se deslizar de volta na cama,<br />
exausta. A dor de cabeça estava agora em algum canto do cérebro, preparando-se astutamente<br />
para atacar. Quando ele se enfiou na cama ao lado dela, Eve pousou sua frágil cabeça no ombro<br />
dele. — Estou feliz por você estar em casa.<br />
— Eu também — e passou os lábios de leve sobre os cabelos dela. — Vá dormir agora...<br />
— Tá legal... — Era tranquilizador para ela sentir o ritmo do coração dele sob a palma da<br />
mão. Sentia-se apenas um pouco envergonhada de precisar daquilo, necessitar tanto de que ele<br />
estivesse ali. — Você acha que nós somos programados para toda a vida no momento da