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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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urn referente que jil tenha sido introduzido no universo do discurso, ao passo que a expressao<br />

com <strong>de</strong>finido tern 0 po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> instituir 0 pr6prio referente no discurso. 0 <strong>de</strong>monstrativo<br />

estabelece urn "universo mostrado", ou, como diz Ducrot (1977), uma regiao do espayo, <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>da</strong> qual e possive1 fazer sobressair urn objeto discursivo, jil constituido, <strong>em</strong> re1ayao a outro. Vma<br />

vez que nao se po<strong>de</strong> apontar urn referente s<strong>em</strong> indicar 0 nome que the dil esse estatuto <strong>de</strong><br />

objeto, entao "cumpriril enten<strong>de</strong>r, por 'universo mostrado', nao somente a regiao do espayo <strong>em</strong><br />

direyao ao qual 0 gesto orienta a atenyao, mas 0 conjunto dos X que se encontram nessa zona"<br />

(Ducrot, 1977:254).<br />

E e nesse sentido que Ducrot afirma que to<strong>da</strong> expressao <strong>de</strong>monstrativa esta<br />

necessariamente condiciona<strong>da</strong> pela funyao referencial do nome <strong>de</strong> que se comp5e, com seus<br />

pressupostos <strong>de</strong> existencia e unici<strong>da</strong><strong>de</strong>. :E como se 0 <strong>de</strong>monstrativo s6 servisse para reforyar a<br />

r~striyao <strong>da</strong> classe sobre a qual 0 <strong>de</strong>finido opera.<br />

De acordo com 0 autor, mesmo quando aparent<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> ausencia <strong>de</strong> qualquer objeto, a<br />

e~pressao <strong>de</strong> valor <strong>de</strong>monstrativo tern a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> induzir 0 <strong>de</strong>stinatario a crer que 0<br />

r~ferente esta "presente" no universo do discurso, para <strong>da</strong>r a enten<strong>de</strong>r que ele esta <strong>em</strong> foco.<br />

E(x<strong>em</strong>plifica:<br />

(61) "Ele fala ingles com aquele sotaque <strong>de</strong> Alagoas.<br />

Com<strong>em</strong>os <strong>da</strong>quele tutu <strong>de</strong> feijao que se faz <strong>em</strong> Juiz <strong>de</strong><br />

Esses tecnocratas sac duros <strong>de</strong> aguentar." (Ducrot,<br />

1977:256)<br />

(62) "Mapuche fala para Beth Carvalho: Oi Beth. Estou<br />

chegando agora mas vou lanc;ando minha pergunta: nao acha que<br />

estes pago<strong>de</strong>s tecnopops an<strong>da</strong>m poluindo <strong>de</strong>mais 0 samba?" ((E)<br />

dialogo - conversa on-line - corpus compl<strong>em</strong>entar)<br />

Em (62), a referente e introduzido, pela primeira vez, no discurso, mas 0 fato <strong>de</strong> 0 falante<br />

c:odifica-Io como expressao <strong>de</strong> valor <strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong>nota que sua inten

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