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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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simplesmente reforvando a indicavao <strong>de</strong> este, esse, aquele etc., foram computados como valores<br />

<strong>de</strong>monstrativos. Os ex<strong>em</strong>plos (95) e (96) ilustram 0 caso:<br />

(95) "lnf.1 ai tI ai come que diz::? ..com/e que diz nesta<br />

outra revista sobre 0 silencio? ..<br />

Inf.2 nessa <strong>da</strong>qui e 0 seguinte '0 exercicio do silencio e<br />

tao imporTANTE. .. quanto a pratica <strong>da</strong> palavra' ..." «F) 02-39<br />

conversa espontanea - PORCUFORT)<br />

(96) "nao houVEsse <strong>de</strong>vastavao ... nessas paisagens ... TO<strong>da</strong>s<br />

que existe/ no mundo ... CERtamente num existiria esse metodo<br />

aqui. .." «F) EF-52 - aula - PORCUFORT)<br />

Classificamos todos os circunstanciais adjetivos como <strong>de</strong>monstrativos porque sua tarefa<br />

mats importante, no procedimento discursivo, e aju<strong>da</strong>r 0 pronorne substantivo/adjetivo a<br />

localizar 0 referente no umverso mostrado. De fato, ajuntam-se ao valor <strong>de</strong>monstrativo<br />

exatamente para precisar 0 ponto <strong>de</strong> referencia do enunciador 63 . Cunha ja atentara para 0<br />

fen6meno ao <strong>de</strong>clarar que "quando, por motivo <strong>de</strong> clareza ou <strong>de</strong> enfase,quer<strong>em</strong>os precisar a<br />

situavao <strong>da</strong>s pessoas ou <strong>da</strong>s coisas a que nos referimos, usamos reforvar os <strong>de</strong>monstrativos com<br />

os adverbios" (Cunha, 1977:327).<br />

Esta e uma comprovavao <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> significado, pOlS evi<strong>de</strong>ncia que ar<strong>em</strong>issao dos<br />

circunstanciais e mais subjetiva do que ados <strong>de</strong>monstrativos. A presenva do falante e mais<br />

evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente assinala<strong>da</strong>, e isto garante a estrutura maior graD <strong>de</strong> <strong>de</strong>itici<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Discutir<strong>em</strong>os, no pr6ximo it<strong>em</strong>, como os graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>itici<strong>da</strong><strong>de</strong> difer<strong>em</strong> <strong>em</strong> funvao do tipo<br />

<strong>de</strong> r<strong>em</strong>issao executa<strong>da</strong>. Mostrar<strong>em</strong>os que exist<strong>em</strong> diferentes motivavoes para 0 <strong>em</strong>prego dos<br />

el<strong>em</strong>entos indiciais, 0 que redun<strong>da</strong> na separavao <strong>de</strong> subconjuntos distintos <strong>de</strong> <strong>de</strong>iticos<br />

discursivos e anaf6ricos.<br />

To<strong>da</strong>s as expressoes referenciais pinva<strong>da</strong>s para esta pesqmsa retomam urn referente<br />

tamb<strong>em</strong> presente no contexto. Contudo, verificamos que, al<strong>em</strong> <strong>de</strong>ssa caracteristica <strong>de</strong> recuperar<br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s contextuais, muito peculiar as anaforas, os el<strong>em</strong>entos indiciais apontam tamb<strong>em</strong>,<br />

como que <strong>de</strong> modo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, para uma instancia do universo discursivo, que po<strong>de</strong> ser:<br />

63 Sobre iS10, leia-se 0 que cliz Bechara (1978:265): "Em tills situa

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