digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
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Em "essa dupla", t<strong>em</strong>os nao mais urn <strong>de</strong>itico discursivo, mas urn anaf6rico, que admite,<br />
s<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as, a substituic;ao por "esta dupla". Tal possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> inexiste no contraste entre os<br />
anaf6ricos este/aquele, <strong>de</strong> motivac;ao fisico-textuaL A distinc;ao entre pr6ximo e distante, aqui,<br />
per<strong>de</strong> re1evancia, conforme se constata <strong>em</strong> (119). Possivelmente porque nao ha interesse do<br />
enunciador, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus prop6sitos argumentativos, <strong>em</strong> <strong>de</strong>marcar 0 lugar on<strong>de</strong> seencontra 0<br />
objeto discursivo. Do contrario, e1e teria recorrido a pronomes adverbiais cireunstanciais, ou a<br />
outras estruturas com s<strong>em</strong>elhante valor.<br />
Dev<strong>em</strong>os l<strong>em</strong>brar, no entanto, que se verifica, <strong>em</strong> raras ocasi5es, 0 <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> este (e<br />
flex5es) com uma indicac;ao precisamente prospectiva, portanto <strong>de</strong>1imitadora, no texto, como<br />
(120) "Veja-se este ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> um sindicalista ..." ((E)<br />
artigo <strong>de</strong> linguistica - artigo cientifico - corpus compl<strong>em</strong>entar)<br />
Rigorosamente, este caso <strong>de</strong>veria ser inserido no gropo <strong>de</strong> motivac;ao fisico-textual.<br />
Entretanto, reconhec<strong>em</strong>os que po<strong>de</strong>m entrar <strong>em</strong> concorrencia com 0 usa <strong>de</strong>marcador certas<br />
motivac;5es <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m afetiva, que busqu<strong>em</strong> trazer 0 referente mostrado para 0 foco <strong>de</strong> atenc;ao<br />
do <strong>de</strong>stinatario, <strong>de</strong> maneira que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre e segura afirmar se 0 prop6sito do <strong>em</strong>prego e<br />
provocar ou nao uma <strong>de</strong>limitac;ao fisica. E por isso que, por vezes, on<strong>de</strong> se esperaria esse,<br />
aparece este, como no seguinte ex<strong>em</strong>plo:<br />
(121) "pois esta nOC',(3o<strong>de</strong> anilfora e restrita ...;<br />
estas observaC',(oes indicam que ...;<br />
Com isto, admitimos que ..." ((E) artigo <strong>de</strong> lingOistica -<br />
artigo cientifico - corpus compl<strong>em</strong>entar)<br />
Assim, <strong>em</strong> portugues, 0 <strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong> primeira pessoa marc a, com mais intensi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
que 0 <strong>de</strong> segun<strong>da</strong>, esse trayo estilistico <strong>de</strong> "interesse do falante", como se nota muito b<strong>em</strong> no<br />
excerto abaixo:<br />
(122) "Os gastos <strong>de</strong> custeio e capital aumentaram 31 %. Nos<br />
programas especiais <strong>de</strong> apoio a p6s-graduac;ao, houve ten<strong>de</strong>ncia<br />
s<strong>em</strong>elhante (...). Passamos <strong>de</strong> 115 milh6es <strong>de</strong> reais para 165<br />
milh6es e criamos um novo programa <strong>de</strong> integrac;ao com a<br />
graduac;ao. Esta evoluC',(30 no volume <strong>de</strong> recursos aplicados nega<br />
afirmac;6es quanta a um suposto processo <strong>de</strong> "sucateamento" <strong>de</strong><br />
nossas universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais." (E127 - editorial <strong>de</strong> jornal -<br />
NELFE)