digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
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a. gestuais<br />
b. simbOlicos<br />
2. Niio-<strong>de</strong>iticos: a. nao-anaf6ricos<br />
b. anaf6ricos (Levinson, 1983:68)<br />
E importante perceber que, no esqu<strong>em</strong>a, os anaf6ricos (e nao-anaf6ricos) entram na<br />
composiyao dos nao-<strong>de</strong>iticos, ao passo que os gestuais e simb6licos sao s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong>iticos. Note-<br />
se, ain<strong>da</strong>, que, pelo titulo do quadro, s6 e possivel atribuir a "termos <strong>de</strong>iticos" urn conceito<br />
puramente formal; do contrario, a <strong>de</strong>signayao nao po<strong>de</strong>ria subagrupar "termos nao-<strong>de</strong>iticos" ...<br />
Malgrado os disponha, assim, como <strong>em</strong> dois conjuntos aparent<strong>em</strong>ente exclu<strong>de</strong>ntes,<br />
Levinson (1983) admite a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionar<strong>em</strong> simultaneamente. Urn el<strong>em</strong>ento po<strong>de</strong>ria<br />
ter, portanto, <strong>em</strong>prego ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>itico e anaf6rico. Comentando urn ex<strong>em</strong>plo ja<br />
discutido por Lyons (1977):<br />
(32) "Nasci <strong>em</strong> Londres e s<strong>em</strong>pre morei la" (Levinson,<br />
1983:67),<br />
o autor assevera que 0 pronome adverbial <strong>em</strong> negrito opera como urn anaf6rico par retomar urn<br />
lugar a que "Londres" se refere, e que, par outro lado, se caracteriza como urn "<strong>de</strong>itico" por<br />
pressupor a localizayao do falante. 0 <strong>em</strong>issor selecionou a forma "hi", <strong>em</strong> oposiyao a "aqui",<br />
para assinalar que e1e nao se encontrava <strong>em</strong> Londres, evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente.<br />
Mas, antes <strong>de</strong> a1canyar 0 amago do probl<strong>em</strong>a dos "anaf6ricos <strong>de</strong>iticos", urn outro aspecto<br />
<strong>da</strong> classificayao <strong>de</strong> Fillmore (1997) precisa ser discutido. Se 0 uso simb6lico, <strong>de</strong> acordo com 0<br />
autor, diferencia-se por se <strong>de</strong>sobrigar do monitoramento <strong>da</strong>s pistas extralinguisticas, ancorando-<br />
se nas coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s pragmaticamente pressupostas do <strong>em</strong>issor, entao e justo afirmar que urn uso<br />
<strong>de</strong>itico anaf6rico tamb<strong>em</strong> nao <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser simb6lico, ja que nao dispensa essa proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Assim sendo, melhor seria organiza-los, num primeiro nive1, apenas como gestuais e<br />
simb6licos, e reservar a urn segundo plano a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> urn uso anaf6rico ou nao. Algo<br />
como 0 esqu<strong>em</strong>a abaixo: