digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
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Como se vera a seguir, 0 que e velho ou novo para 0 ponto <strong>de</strong> vista do ouvinte po <strong>de</strong> nao<br />
ter urn status informacional correspon<strong>de</strong>nte no mo<strong>de</strong>lo discursivo que v<strong>em</strong> sendo construido.<br />
(200) "R. M., porque voce nao<br />
veio no dia 28? Raniele disse<br />
que voce esta <strong>de</strong>vendo essa<br />
a ele." (E026 - bilhete - NELFE)<br />
P J:'. d' 80 ~ •<br />
or sua vez, 0 relerente novo para 0 lscurso , aparece <strong>em</strong> ocorrenClas como:<br />
(201) "Neste momento, interessa explorar <strong>em</strong> especial as<br />
estrategias que se situam entre ~ e ®, que apresentam, entre<br />
outras, estas caracteristicas:" «E) artigo <strong>de</strong> linguistica - artigo<br />
cientffico - corpus compl<strong>em</strong>entar)<br />
Os do is pIanos do status informacional nao correspon<strong>de</strong>m obrigatoriamente, e os<br />
ex<strong>em</strong>plos (200) e (201) sac a prova disso: ambas as ocorrencias sac velhas para 0 ouvinte,<br />
entretanto s6 a primeira e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, velha para 0 discurso. A segun<strong>da</strong> e "<strong>em</strong>pacota<strong>da</strong>"<br />
pelo falante como <strong>da</strong><strong>da</strong>, <strong>em</strong>bora apareya no discurso pela primeira vez, realizando uma r<strong>em</strong>issao<br />
prospectiva. Caso s<strong>em</strong>elhante ocone com as amiforas <strong>da</strong> m<strong>em</strong>oria, como <strong>em</strong>:<br />
80 Fora as duas categorias novas e velhas para 0 ouvinte e para 0 discurso, Prince (1992) sugere urna terceira - a <strong>de</strong><br />
status "inferivel", que po<strong>de</strong>ria perfeitamente enquadrar-se nas anMoras associativas lexicalmente restritas. Cr<strong>em</strong>os<br />
que 0 inferivel se <strong>de</strong>fine, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a partir dos dois criterios <strong>de</strong> novo e velho, por isso rompe a simetria com os<br />
outros dois. Urn ex<strong>em</strong>pl0 seria: "Ele passou pela Bastilha e a porta estava pinta<strong>da</strong> <strong>de</strong> roxo." (Prince, 1992:305). A<br />
autora explica: "Enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s inferiveis sao, portanto, como enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s velhas para 0 ouvinte na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que se<br />
ap6iam <strong>em</strong> certas hip6teses sobre 0 que 0 ouvinte realmente conhece. Ao mesmo t<strong>em</strong>po, SaD tamb<strong>em</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
velhas para 0 discurso, na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que se ap6iam no fato <strong>de</strong> ja ter havido no mo<strong>de</strong>lo discursivo alguma<br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong> para engatilhar a inferencia, como a Bastilha, (...). Mas, ao mesmo t<strong>em</strong>po, ain<strong>da</strong>, as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
inferiveis sao como novas para 0 ouvinte (e, assim sendo, novas para 0 discurso), ja que 0 ouvinte nao esperaja ter<br />
<strong>em</strong> sua mente a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>em</strong> questao. (Prince, 1992:305 - grifo nosso). Note-se que os critenos terminam por se<br />
confundir nesta terceira classe. A justificativa <strong>de</strong> que e novo porque "0 ouvinte nao espera ter 0 referente <strong>em</strong><br />
mente" nos parece contradit6ria com a <strong>de</strong>scri9ao <strong>de</strong> velba "porque se ap6ia <strong>em</strong> certas hip6teses do ouvinte". Por<br />
essa razao os inferiveis, b<strong>em</strong> como 0 subtipo <strong>de</strong> "inferiveis contidos" ("Containing Inftrrables"), foram exc1uidos<br />
<strong>de</strong>sta analise. 0 status <strong>de</strong> inferivel se aproxima, a nosso ver, do estatuto <strong>da</strong> anMora associativa: urn el<strong>em</strong>ento novo<br />
para 0 discurso e introduzido, mas foi engatilhado por urn SN diferente anterior, seudo, por isso, pela rela