digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
E1as (as anMoras associativas] introduz<strong>em</strong> urn refercnte novo, porque<br />
nilo se trata <strong>de</strong> urn SN <strong>de</strong>finido <strong>de</strong> scgun<strong>da</strong> menc;ao,mas 0 aprcsentam sob 0<br />
modo do "<strong>de</strong>finido" ou do conhecido, porque sua incomp1etu<strong>de</strong> exige uma<br />
saturac;aoreferencial.<br />
Este fator tern per conseqiiencia separar a anMora associativa <strong>de</strong><br />
restric;oes s<strong>em</strong>elhantes que comportam 0 possessive ou Uln pronome<br />
(<strong>de</strong>monstrativo]. Seqiiencias assim esmo muito pr6ximas <strong>da</strong>s sequencias com<br />
anMora associativa: introduz<strong>em</strong> igualmente urn novo referente com a aju<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> urn referente mencionado anteriormente. Se nao sao cataloga<strong>da</strong>s como<br />
anMora associativa e porquc a aprescntac;ao do referente novo introduzido<br />
nilo e opera<strong>da</strong> precisamente sob 0 modo do conhecido: sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />
explicitamente <strong>da</strong><strong>da</strong> como <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um outro referente per intermedio<br />
do possessivo e do pronome adnomina1 [<strong>de</strong>monstrativo]. (Kleiber et alii,<br />
1991:12)<br />
Com essa limitavao, nenhuma <strong>da</strong>s express5es indiciais analisa<strong>da</strong>s aqui (a imensa maioria<br />
assinala<strong>da</strong> par <strong>de</strong>monstrativo ou circunstancial) constituiria uma ocorrencia <strong>de</strong> amifora<br />
associativa. Tampouco se po<strong>de</strong>ria cogitar numa especie <strong>de</strong> "<strong>de</strong>ixis discursiva associativa". Os<br />
autares acrescentam que a amifora associativa:<br />
esta <strong>em</strong> re1ac;aoanaf6rica indireta (ou nao-correferencial) com 0 referente ja<br />
mencionado, enquanto que 0 SN possessivo ou a sequencia com urn pronome<br />
adnominal [<strong>de</strong>monstrativo] <strong>da</strong>o 1ugar a uma anMora direta ou<br />
correferenciaI com este referente. (Kleiber et alii, 1992:13 - grifo nosso).<br />
A menos, por<strong>em</strong>, que se re<strong>de</strong>fina a novao <strong>de</strong> correferenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, nao se po<strong>de</strong> afirmar que<br />
a mera presenva do <strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong>termine a "i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> referencial". Urn uso como "aquela<br />
esca<strong>da</strong>", <strong>em</strong> (52), na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, nao correfere, e sim, alu<strong>de</strong> a urn referente que a experiencia<br />
compartilha<strong>da</strong> permite construir e que as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s do contexto anterior aju<strong>da</strong>m a completar<br />
E necessario precisar melhor os criterios que <strong>de</strong>screv<strong>em</strong> 0 fenomeno, s<strong>em</strong> <strong>de</strong>ixar<strong>de</strong> lado<br />
as restriv5es lexicais, mas tamb<strong>em</strong> s<strong>em</strong> se sujeitar as armadilhas <strong>da</strong> forma. A novao <strong>de</strong> anifora<br />
associativa manti<strong>da</strong> nesta pesquisa nao aceita totalmente as amarras <strong>da</strong> restrivao lexico-<br />
estereotipica. Nao por causa do rigor formal que os estudiosos tern conferido ao fenomeno, mas<br />
pelo s<strong>em</strong>-numero <strong>de</strong> ocorrencias que sobram inexplica<strong>da</strong>s, porque nos parec<strong>em</strong> tamb<strong>em</strong><br />
apresentar uma relavao associativa com uma fonte.<br />
Em sintese, po<strong>de</strong>mos dizer que existe anifora quando urn el<strong>em</strong>ento pronominal ou<br />
nominal, co-significativo ou nao, r<strong>em</strong>ete a urn referente presente no universo do discurso, mas<br />
nao necessariamente explicito no contexto, as vezes apenas inferido. Essa retoma<strong>da</strong> do objeto<br />
discursivo po<strong>de</strong> ser correferencial, au seja, total, au apenas parcial. Ou po<strong>de</strong> ser, ain<strong>da</strong>, que 0