digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...
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segun<strong>da</strong> alt<strong>em</strong>ativa e bastante viave1, como no ex<strong>em</strong>plo abaixo, perfeitamente intercambiavel<br />
com 0 sintagma com <strong>de</strong>monstrativo:<br />
(165) " 'Foi grayas a heranya do jazz que 0 hom<strong>em</strong>-macaco se<br />
tornou 0 hom<strong>em</strong>-ajuizado'. 0 preceito, que faz comunicar uma<br />
gera~o <strong>de</strong> rappers <strong>em</strong> busca <strong>de</strong> boas vibray6es, comeya a fazer<br />
<strong>da</strong>ta." (Apotheloz; Chanet, 1997:164)<br />
Po<strong>de</strong>-se aceitar pacificamente, como se nota, a substituit;ao do artigo <strong>de</strong>finido pelo<br />
pronome <strong>de</strong>monstrativo, <strong>em</strong> "0 preceito". as autores <strong>de</strong>c1aram que ha uma niti<strong>da</strong> propensao<br />
para a assinalat;ao <strong>de</strong>monstrativa nas nominat;oes, mas que e necessario pesquisar os fatores<br />
que orientam a se1et;ao <strong>de</strong> urn ou <strong>de</strong> outro <strong>de</strong>terminante. Nao aprofun<strong>da</strong>r<strong>em</strong>os este aspecto <strong>da</strong><br />
analise porque isso requereria, ain<strong>da</strong>, uma subinvestigat;ao dos contextos <strong>em</strong> que tais formas sac<br />
intersubstituiveis ou nao, 0 que nos <strong>de</strong>sviaria <strong>de</strong> nossa meta.<br />
A selet;ao do <strong>de</strong>monstrativo, consoante Apotheloz; Chanet (1997), po<strong>de</strong>ria estar atrela<strong>da</strong><br />
as seguintes condit;oes:<br />
a) (re)categoriza~ao do referente: quando 0 substantivo comporta uma conotat;ao <strong>de</strong><br />
valor, requalificando 0 objeto discursivo <strong>de</strong> maneira pouco predizivel, par acrescentar<br />
urn ponto <strong>de</strong> vista do falante. Ex<strong>em</strong>plo:<br />
(166) "S<strong>em</strong>pre que a economia vai b<strong>em</strong>, as coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s se<br />
comportam como novos ricos: queimam seus recursos ate 0 ultimo<br />
tostao, e ate mais. Esta imprevi<strong>de</strong>ncia t<strong>em</strong> dois efeitos negativos<br />
maiores." (Apotheloz; Chanet, 1997:167)<br />
Equiparamos este caso ao tipo <strong>de</strong> (re)categorizat;ao <strong>em</strong> que a expressao indicial adiciona<br />
urn novo atributo ao referente. Mais duas outras condit;oes estabeleci<strong>da</strong>s pelos autores po<strong>de</strong>riam<br />
estar aqui subagrupa<strong>da</strong>s:<br />
quando se <strong>em</strong>prega uma <strong>de</strong>nominat;ao "produzi<strong>da</strong> (inventa<strong>da</strong>)";<br />
e quando 0 nome recebe urn modificador nao-<strong>de</strong>terminativo (isto e, com prop6sitos<br />
nao exatamente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>res).<br />
as ex<strong>em</strong>plos abaixo ilustram ca<strong>da</strong> uma, respectivamente:<br />
(167) "A gran<strong>de</strong> familia (a Comedia Francesa) <strong>de</strong>vera modificar<br />
seus habitos. A sala Richelieu fechara para trabalhos ate meados <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro, os espetaculos 5e <strong>da</strong>rao no Mogador e na Opera Camica.