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digitais - Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE - PPGL ...

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comum: 0 <strong>de</strong> apresentar urn objeto <strong>de</strong> fala, somente as duas primeiras po<strong>de</strong>m tomar <strong>da</strong> palavra e<br />

se tornar<strong>em</strong> <strong>em</strong>issoras, exercendo, assim, urn "papel ativo" na comunicayao; a terceira nao<br />

po<strong>de</strong>. Leia-se, por<strong>em</strong>, nesse "papel passivo comum", <strong>de</strong> que fala Cervoni (1989), uma analise<br />

<strong>da</strong> funyao estritamente referencial dos pronomes. Examinando somente par esse angulo <strong>de</strong><br />

referenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se, corn efeito, superestimar 0 valor <strong>da</strong> terceira pessoa, utilizando 0<br />

mesmo argumento do autor <strong>de</strong> que, sendo a categoria <strong>de</strong> pessoa 0 suporte necessario a to<strong>da</strong><br />

predicayao, a terceira serviria <strong>de</strong> base para todos os nomes 19 . Cervoni (1989) ape1a para uma<br />

hipotese <strong>da</strong> psicomecanica <strong>de</strong> que qualquer fen6meno exige urn ponto fixo, <strong>de</strong> natureza<br />

espacial, urn ele, abstrato ao extr<strong>em</strong>o, como suporte minimo para todos os acontecimentos.<br />

Essa "pessoa <strong>de</strong> universo" seria tao fun<strong>da</strong>mental que qualquer outra pessoa so existiria ern<br />

substituiyao a ela.<br />

Veja-se que, por esse mew, a analise se inverteria, ja que tal visao esvaZIana a<br />

pessoali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> condiyao natural que a institui: a subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Urn po<strong>de</strong>r tao ilimitado assim,<br />

cedido it terceir~ pessoa, <strong>da</strong>ria uma abrangSncia irrestrita it categoria dos dSiticos, <strong>da</strong>i por que<br />

Cervoni (1989) recua ante 0 risco e endossa a tese <strong>de</strong> Benveniste (1988).<br />

Efetivamente, na<strong>da</strong> justifica incluir 0 ele na mesma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional dos outros dois,<br />

como 0 faz Levinson, muito <strong>em</strong>bora admita que compete aos dSiticos pessoais 0 papel <strong>de</strong><br />

assegurar a propria troca lingtiistica. Afirma 0 autor:<br />

A <strong>de</strong>ixis <strong>de</strong> pessoa diz respeito a codifica

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