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portugues instrumental - Universidade Federal do Pará

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Agora, vamos a um outro tipo de texto, aquele impresso em<br />

jornal. Na “Folha de São Paulo”, de 17 de abril de 2005, temos alguns<br />

textos sobre a construção de Brasília. E, principalmente, temos fotos.<br />

Há uma exposição fotográfica na capital federal — deu-se em maio<br />

de 2005 — sobre os dias de sua construção. Fotos nas quais vemos<br />

carroças e trabalha<strong>do</strong>res braçais ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s monumentos arquitetônicos<br />

em construção. Os prédios, hoje, estão lá, ergui<strong>do</strong>s. Seria interessante<br />

pesquisarmos onde estão, afinal, aqueles trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Sabemos que Brasília é circundada por cidades-satélite.<br />

Quais seriam os números de mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> plano-piloto, da Brasília<br />

propriamente dita, e das cidades-satélite? Estariam aqueles trabalha<strong>do</strong>res<br />

da construção de Brasília, ou seus filhos, moran<strong>do</strong> ainda na cidade ou<br />

em suas imediações? Teriam eles o conhecimento de que fazem parte de<br />

uma exibição de fotos na qual eles figuram em lugar de destaque? Sim,<br />

em lugar de destaque, pois há várias maneiras de se ler uma fotografia.<br />

Porém, se ressaltarmos o elemento humano dessas fotos, são eles — os<br />

trabalha<strong>do</strong>res e suas famílias — que estão ali dan<strong>do</strong> corpo ao sonho de<br />

construção de uma nova capital no coração <strong>do</strong> Brasil.<br />

A matéria em questão é publicada na “Folha de São Paulo”, a<br />

partir <strong>do</strong> seguinte pretexto: uma série de fotos da época da construção<br />

da capital federal é restaurada, cerca de 4.000 imagens que estavam em<br />

condições precárias de conservação e que narram o cotidiano daquele<br />

perío<strong>do</strong> de construção de Brasília. Estamos dizen<strong>do</strong> a você “daquele<br />

perío<strong>do</strong>”, porque consideramos que Brasília, como qualquer outra cidade,<br />

está, continuamente, sen<strong>do</strong> construída e reconstruída. Destacamos, aqui,<br />

um trecho da matéria da “Folha”:<br />

O resulta<strong>do</strong> assemelha-se à surpresa das descobertas arqueológicas.<br />

Em vez de cartão-postal, a exposição mostra o choque da<br />

arquitetura moderna com os miseráveis que erguiam os prédios.<br />

Concreto arma<strong>do</strong> e maloca, urbanismo de “highway” e carroça,<br />

palácio e favela — era assim a Brasília que <strong>do</strong>rmia nos arquivos.<br />

(Mario César Carvalho, página 4)<br />

A conservação da memória das cidades precisa ser tema nas<br />

salas de aula <strong>do</strong>s municípios, para que as histórias <strong>do</strong>s grupos humanos<br />

envolvi<strong>do</strong>s com seus locais de moradia e trabalho não se percam. E,<br />

também, porque a história <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> país e, assim, em progressão,<br />

CEDERJ 115<br />

AULA 8<br />

MÓDULO 2

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