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portugues instrumental - Universidade Federal do Pará

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Português Instrumental | Paragrafan<strong>do</strong>: por que, como, quan<strong>do</strong><br />

C O N S C R I Ç Ã O<br />

O mesmo que<br />

alistamento,<br />

recrutamento.<br />

128 CEDERJ<br />

ATIVIDADE<br />

2. No trecho a seguir, propositadamente, desfi zemos a paragrafação<br />

original e o reproduzimos em um só bloco. Sua tarefa agora é dividi-lo em<br />

parágrafos e, como no exercício anterior, justifi car os critérios que você<br />

utilizou para tanto.<br />

A crise política com que se defrontam as universidades modernas apresentase<br />

sob múltiplas formas que permitem caracterizá-la como conjuntural,<br />

política, estrutural, intelectual e ideológica. É conjuntural no senti<strong>do</strong> de<br />

derivar, em grande parte, <strong>do</strong> impacto de forças transforma<strong>do</strong>ras, ora<br />

afetan<strong>do</strong> todas as universidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> na qualidade de efeito <strong>do</strong><br />

trânsito de uma civilização de base industrial para uma nova civilização.<br />

Nesta transição, somam-se aos impactos da Revolução Industrial,<br />

aparentemente, os desafi os de uma nova revolução científi ca e tecnológica<br />

– a Revolução Termonuclear – cuja capacidade de transfi guração da vida<br />

humana parece ser infi nitamente maior. Nas universidades das nações<br />

adiantadas, esta crise assume a força de traumas provenientes da CONSCRIÇÃO<br />

de seus investiga<strong>do</strong>res e laboratórios para tarefas de guerra fria e quente,<br />

e tensões resultantes de inovações prodigiosas nas atividades produtivas<br />

e nos serviços, que absorvem conteú<strong>do</strong>s técnico-científi cos cada vez mais<br />

ponderáveis, exigin<strong>do</strong> uma preparação de nível universitário para toda a<br />

força de trabalho. Nas nações historicamente atrasadas, os sintomas desta<br />

crise conjuntural apresentam-se como efeitos refl exos, entre os quais se<br />

destaca o de desafi ar suas universidades – que fracassaram no absorver,<br />

aplicar e difundir o saber humano alcança<strong>do</strong> nas últimas décadas – a<br />

realizarem a tarefa de auto-superação de suas defi ciências para o <strong>do</strong>mínio de<br />

um saber novo cada vez mais amplia<strong>do</strong>, ou ver aumentar progressivamente<br />

sua defasagem histórica em relação às nações adiantadas. A crise também<br />

é política, pois as universidades, estan<strong>do</strong> inseridas em estruturas sociais<br />

confl itantes, vêem-se sujeitas a expectativas antagônicas de setores que<br />

as querem conserva<strong>do</strong>ras e disciplinadas, e de outros que a desejam<br />

renova<strong>do</strong>ras ou, até, revolucionárias. Nas nações desenvolvidas, esta crise<br />

política implanta-se toda vez que a juventude estudantil e os professores<br />

mais lúci<strong>do</strong>s passam a questionar a ordem social, converten<strong>do</strong>-se em<br />

corpos manifestantes. Nas nações subdesenvolvidas – por isto mesmo<br />

mais descontentes consigo mesmas – a atitude de rebeldia juvenil, sen<strong>do</strong><br />

natural e necessária, provoca inevitáveis choques com os guardiões da<br />

ordem vigente. A crise é estrutural, porque os problemas que apresenta a<br />

universidade já não podem ser resolvi<strong>do</strong>s no quadro institucional vigente,<br />

exigin<strong>do</strong> reformas profundas que a capacitem a ampliar suas matrículas,<br />

conforma as aspirações de educação superior da população e, ao mesmo<br />

tempo, a elevar seus níveis de ensino e investigação. Como as estruturas<br />

vigentes não são cristalizações de modelos ideais, livremente escolhi<strong>do</strong>s,<br />

mas resíduos históricos de esforços seculares para criar universidades em<br />

condições adversas, nelas se fi xaram múltiplos interesses a atuar como<br />

obstáculos à sua transformação. Como destacamos, a crise também tem<br />

conteú<strong>do</strong>s intelectuais e ideológicos. Os primeiros, representa<strong>do</strong>s pelo

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