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portugues instrumental - Universidade Federal do Pará

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CONTRIBUIÇÃO LITERÁRIA<br />

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Talvez seja pertinente terminar esse texto com <strong>do</strong>is exemplos dis-<br />

tintos de escrever bem: Augusto <strong>do</strong>s Anjos e Dalcídio Jurandir.<br />

Quan<strong>do</strong> os versos <strong>do</strong> poeta paraibano Augusto <strong>do</strong>s Anjos come-<br />

çaram a aparecer, por volta de 1912, pre<strong>do</strong>minava a literatura chamada<br />

“sorriso da sociedade”. E os versos de Augusto <strong>do</strong>s Anjos foram recebi<strong>do</strong>s<br />

como se só tivessem como propósito estragar tal “sorriso”. Nas notas<br />

biográficas escritas por Francisco de Assis Barbosa, encontramos:<br />

Tinha talento, sem dúvida, mas não devia escrever sobre coisas<br />

que repugnavam ao convencionalismo. (...), o requintadíssimo<br />

Oscar Lopes parece tão choca<strong>do</strong> quanto diante <strong>do</strong> espetáculo<br />

funambulesco <strong>do</strong>s mendigos na Avenida Central (...) (p. 62).<br />

Sobre a literatura “sorriso da sociedade”, poderíamos, para des-<br />

crevê-la, repetir aqui as palavras de outro escritor da Língua Portuguesa,<br />

Eça de Queiroz, sobre um livro lança<strong>do</strong> em fins <strong>do</strong> século XIX por um<br />

escritor que era também um importante ministro na Inglaterra:<br />

RESPOSTA COMENTADA<br />

Existe, nas línguas, o chama<strong>do</strong> princípio da economia lingüística,<br />

que explica a simplificação das formas e normas gramaticais. Neste<br />

momento, o correto é empregar “nós vamos”. Entretanto, essa<br />

concordância é redundante, pois há duas indicações <strong>do</strong> mesmo<br />

elemento, que é a primeira pessoa <strong>do</strong> plural : “nós” e “-mos”. É bem<br />

possível que, daqui a algum tempo, esse princípio da economia na<br />

língua venha a mudar o emprego considera<strong>do</strong> correto. Uma das<br />

possibilidades é a da expressão “nós vai” passar a ser considerada<br />

correta, por ser mais sintética, econômica. Isso já aconteceu com a<br />

língua inglesa, por exemplo “I talk, you talk, we talk, they talk”. Outra<br />

possibilidade é o que já ocorre, mais freqüentemente, no português de<br />

Portugal: por ser desnecessário, o pronome “nós” desapareceria diante<br />

da conjugação <strong>do</strong> verbo em primeira pessoa <strong>do</strong> plural. Diríamos, como<br />

já acontece tantas vezes, simplesmente, “vamos”.<br />

CEDERJ 17<br />

AULA 1<br />

MÓDULO 1

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