portugues instrumental - Universidade Federal do Pará
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Português Instrumental | Prática de leitura e escrita<br />
INTRODUÇÃO Esta aula pretende quebrar um pouco o protocolo, já que será iniciada por<br />
46 CEDERJ<br />
uma atividade. Decidimos isso ao perceber o quanto você trabalhou na aula<br />
anterior, a nosso pedi<strong>do</strong>. Garanto que a próxima atividade é bem mais relaxante.<br />
Queremos, a partir da bagagem já acumulada com as suas leituras, com suas<br />
interpretações e as fi chas feitas na aula anterior, que você desfrute de sua<br />
condição de leitor sem nenhuma outra obrigação.<br />
ATIVIDADE<br />
1. Folheie ao acaso este livro. Descubra-o como seu: escolhemos os textos e<br />
os temas com grande cuida<strong>do</strong> para que pudéssemos oferecer a você, leitor,<br />
uma ampla visão da escrita em português. “Descobrir o livro como seu”<br />
pode signifi car ler os textos e as aulas não somente na ordem em que são<br />
apresenta<strong>do</strong>s, mas folheá-los com o intuito de descobrir neles prazer para<br />
as horas de folga. Não siga a ordem das aulas, crie a sua própria ordem,<br />
de acor<strong>do</strong> com as suas preferências. Com que aula você começaria o livro?<br />
Com que aula daria prosseguimento? Enfi m, escolha as páginas <strong>do</strong> livro<br />
que proporcionam a você mais prazer. Pense nelas e volte, mais tarde, a<br />
esta aula.<br />
TROCAS ENTRE O AQUI PERTO E O LÁ LONGE<br />
Quan<strong>do</strong> citamos nomes de modernistas, na aula anterior, não<br />
nos detivemos em to<strong>do</strong>s eles. Neste momento, gostaríamos de voltar a<br />
<strong>do</strong>is deles para dar a você mais informações sobre aquele momento da<br />
história da cultura brasileira: Tarsila <strong>do</strong> Amaral (1886-1973) e Mário<br />
de Andrade (1893-1945).<br />
“Aban<strong>do</strong>ne Paris, Tarsila. Vem para a mata virgem, onde não há<br />
arte negra, onde não há também arroios gentis. Há MATA VIRGEM.<br />
Criei o matavirgismo. Sou matavirgista. Disso é que o mun<strong>do</strong>, a arte, o<br />
Brasil e minha queridíssima Tarsila precisam.”<br />
Este é o trecho de uma carta escrita por Mário de Andrade para<br />
a amiga Tarsila <strong>do</strong> Amaral que, naquele momento, encontrava-se em<br />
Paris toman<strong>do</strong> aulas de pintura com F E R N A N D L É G E R. Os conselhos<br />
<strong>do</strong> escritor são bem claros: devemos valorizar o material que temos em<br />
mãos. Dialogar com o próximo. Não acreditar que longe, na distância,<br />
é que encontraremos solução para o impasse <strong>do</strong> aqui e agora.