25.04.2013 Views

portugues instrumental - Universidade Federal do Pará

portugues instrumental - Universidade Federal do Pará

portugues instrumental - Universidade Federal do Pará

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O DISCURSO POLÍTICO: O PALANQUE, O PÚLPITO,<br />

O MICROFONE<br />

O que seria <strong>do</strong> político sem o palanque? Em nossos tempos<br />

ultramodernos, o que seria <strong>do</strong> político sem o microfone? Você, por<br />

acaso, já ouviu falar de algum político mu<strong>do</strong>? Sem querer “misturar<br />

as bolas”, já conheceu algum padre ou pastor que fosse mu<strong>do</strong>? Como<br />

ensinou São Paulo, “a fé é pelo ouvir”. Políticos e padres – e cada vez<br />

mais encontramos os <strong>do</strong>is em uma mesma pessoa – geralmente são hábeis<br />

ora<strong>do</strong>res. Às vezes, até radialistas! Ou seja, comunicam muito bem suas<br />

idéias, seus projetos, seus cre<strong>do</strong>s. O que para o padre é o sermão, para o<br />

político é o discurso: um meio de comunicar-se com o público.<br />

Alguns ora<strong>do</strong>res são capazes de discursar de improviso, outros<br />

preferem elaborar um texto com antecedência, para ser li<strong>do</strong> na ocasião<br />

a que se destinou. Políticos, muitas vezes, não podem escolher entre<br />

as duas opções anteriores, sen<strong>do</strong> leva<strong>do</strong>s a discursar de improviso nas<br />

mais variadas situações – o que acaba lhes conferin<strong>do</strong> certa experiência<br />

como ora<strong>do</strong>res. Quanto aos discursos de altos dignitários, prepara<strong>do</strong>s<br />

para ocasiões especiais – solenidades, aparições televisionadas, visitas ao<br />

estrangeiro etc. –, vale notar que, na maioria das vezes, há intervenções<br />

de terceiros (isto quan<strong>do</strong> os discursos não são inteiramente escritos por<br />

outros que não o ora<strong>do</strong>r). O certo é que nenhum discurso proferi<strong>do</strong><br />

sob as circunstâncias anteriores chega aos ouvintes sem uma revisão<br />

cuida<strong>do</strong>sa. É praxe haver, junto aos quadros <strong>do</strong> executivo, alguém<br />

unicamente responsável pela elaboração e/ou revisão <strong>do</strong>s discursos<br />

presidenciais. Ao longo da história <strong>do</strong> Brasil, intelectuais e escritores<br />

ocuparam essa posição.<br />

Figura 10.1: Getulio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola.<br />

CEDERJ 139<br />

AULA 10<br />

MÓDULO 2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!