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portugues instrumental - Universidade Federal do Pará

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COMENTÁRIO<br />

Se você seguiu nossas orientações, deve ter em mãos, agora, uma<br />

espécie de ficha onde descreve suas idéias acerca <strong>do</strong> texto, divididas<br />

em itens ou até, se for preciso, em subitens. Essa ficha não se destina a<br />

um resumo, uma vez que seu objetivo não é descrever as idéias <strong>do</strong> texto<br />

li<strong>do</strong>, e sim organizar as suas próprias idéias acerca <strong>do</strong> texto. Essa ficha<br />

também não é um produto final, um texto pronto. Trata-se, na verdade,<br />

de um momento <strong>do</strong> processo que estamos realizan<strong>do</strong> conjuntamente.<br />

Esta etapa é parte fundamental da atividade de escrita e é, desde já,<br />

um trabalho de interpretação de texto.<br />

Por ora, estamos amplian<strong>do</strong> o campo de ação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong><br />

interpretativo. Podemos afirmar que a interpretação é um mo<strong>do</strong> to<strong>do</strong><br />

particular de leitura de textos, de leitura de mun<strong>do</strong>. Particular não quer<br />

dizer particularista, ou seja, marca<strong>do</strong> unicamente por nossas opiniões, por<br />

nossos preconceitos. Quan<strong>do</strong> nos debruçamos sobre um texto, vemo-nos<br />

obriga<strong>do</strong>s a nos aban<strong>do</strong>narmos um pouco, a nos esquecermos um pouco<br />

de nós mesmos. Do contrário, ficaríamos apenas nos reconhecen<strong>do</strong> em<br />

cada trecho, em cada fala, em cada canção. Falar e escrever sobre o que<br />

conhecemos são tarefas mais simples <strong>do</strong> que elaborarmos e pensarmos<br />

sobre o que nos é estranho, alheio, obtuso.<br />

Para ter uma idéia mais clara <strong>do</strong> que estamos falan<strong>do</strong>, lembre-se<br />

de um outro senti<strong>do</strong> da palavra “intérprete”. Quan<strong>do</strong> o presidente Luís<br />

Inácio Lula da Silva foi à Síria, em que língua ele se comunicou com<br />

os chefes daquele país? Imagine se, para tornar-se presidente, o sujeito<br />

tivesse de falar tantas línguas quantos fossem os países com os quais sua<br />

nação estabelecesse relações diplomáticas. Sen<strong>do</strong> assim, o presidente falou<br />

em português e se utilizou de um ou mais intérpretes para se comunicar<br />

com o presidente da Síria. Você, nesta aula, está fazen<strong>do</strong> um trabalho<br />

semelhante a esse. Interpretar ganha, então, novos senti<strong>do</strong>s para nós:<br />

traduzir, decodificar, transformar, rearrumar, reescrever.<br />

Cada operação dessas tem um papel determina<strong>do</strong>, e nem todas<br />

precisam estar presentes no trabalho de interpretação. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

na hora de escrevermos sobre um assunto qualquer, encontraremos<br />

algumas. Vamos utilizar, em nossa próxima atividade, pelo menos, três<br />

delas: rearrumar, reescrever e transformar.<br />

CEDERJ 31<br />

AULA 2<br />

MÓDULO 1

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