portugues instrumental - Universidade Federal do Pará
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Português Instrumental | Da oralidade à escrita 2<br />
144 CEDERJ<br />
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LENDO EM VOZ ALTA UM TEXTO ESCRITO<br />
COMENTÁRIO<br />
Se você não compreendeu o que estamos chaman<strong>do</strong> molduras,<br />
lembre-se das “epístolas” citadas na Aula 6. Assim como a carta, o<br />
discurso também merece alguns cuida<strong>do</strong>s. Começar agradecen<strong>do</strong>,<br />
além de ser simpático, pode servir para conectar-se com o público:<br />
“Gostaria de começar a minha fala agradecen<strong>do</strong> a presença <strong>do</strong>s pais<br />
e familiares de nossos alunos, de meus colegas, de to<strong>do</strong>s aqueles<br />
envolvi<strong>do</strong>s no dia-a-dia da escola, e de dar as boas-vindas àqueles<br />
que são os protagonistas desta história que recomeça hoje – nossos<br />
alunos e alunas!”. Você pode optar por agradecer ao convite que lhe fora<br />
feito para discursar na aula inaugural: “Gostaria de dizer que me sinto<br />
muito honra<strong>do</strong> pelo convite que me foi feito, pela direção da escola,<br />
para abrir a aula inaugural deste ano...” Não fique preso aos exemplos<br />
anteriores, escreva a seu mo<strong>do</strong>.<br />
O final <strong>do</strong> discurso também é muito importante. Se você não se<br />
lembra, alguém vai substituí-lo, logo após a sua fala, e, portanto,<br />
você é responsável por chamá-lo e apresentá-lo ao público: “Quero<br />
agradecer a atenção com que to<strong>do</strong>s vocês me ouviram e a confiança<br />
que depositam nesta escola. Passo a palavra à professora fulana de<br />
tal. Muito obrigada(o)”. No momento de passar a palavra a seu colega,<br />
você pode tecer algum elogio: “Quero chamar agora a minha querida e<br />
ilustre colega, professora fulana de tal!” Tu<strong>do</strong> isso fica a seu critério, mas<br />
lembre-se: é muito importante saber como começar e como terminar<br />
um discurso; para isso, exercitar a escrita ajuda muito. Imagine se você<br />
esquecesse o nome de seu colega ou, no calor da emoção de discursar,<br />
esquecesse que depois de você alguém o substituiria. Lá estaria o papel<br />
com o texto escrito por você, para lembrá-lo dessas coisas.<br />
Com a aula de hoje, começamos a explorar outro terreno da<br />
produção textual. Nele confluem a oralidade e a escrita. Nem to<strong>do</strong>s os<br />
textos servem para serem li<strong>do</strong>s em voz alta ou, dito de outro mo<strong>do</strong>, alguns<br />
textos correm o risco de perder seu poder expressivo, se usa<strong>do</strong>s daquela<br />
maneira. Certos textos, devi<strong>do</strong> à escolha de palavras difíceis ou de frases<br />
e perío<strong>do</strong>s muito extensos, tornam-se absolutamente ininteligíveis àqueles<br />
que os estão escutan<strong>do</strong>. Há, portanto, certas diferenças significativas