portugues instrumental - Universidade Federal do Pará
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Português Instrumental | O que é escrever bem?<br />
16 CEDERJ<br />
o Nordeste é mais pobre que o Sudeste; portanto, a diferença entre o uso<br />
da língua nessas regiões, além de ser dada pelo caráter geográfi co, será<br />
bastante acentuada por uma questão econômico-social.<br />
A maior parte da programação televisiva brasileira é produzida<br />
pelo eixo Rio–São Paulo. Com exceção <strong>do</strong>s telejornais locais e das<br />
novelas de caráter regionalista, vemos, dia após dia, o uso da língua<br />
sen<strong>do</strong> homogeneiza<strong>do</strong>, a ponto de alguns especialistas alertarem para<br />
a extinção, por exemplo, <strong>do</strong> sotaque potiguar, fala<strong>do</strong> no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio<br />
Grande <strong>do</strong> Norte. A linguagem <strong>do</strong>s “artistas”, <strong>do</strong>s comunica<strong>do</strong>res, que<br />
são grandes forma<strong>do</strong>res de opinião, neste país de celebridades, acaba<br />
por uniformizar a língua. As diferenças, contu<strong>do</strong>, teimam em subsistir.<br />
O nosso aluno <strong>do</strong> interior, por mais que se esforce em falar como o<br />
surfi sta da novela das sete, terá sempre alguma característica que o<br />
diferenciará deste (não basta falar brother para ser aceito na comunidade<br />
da malhação). O texto televisivo tem tão amplo alcance em nosso país<br />
devi<strong>do</strong>, principalmente, ao baixo nível de instrução e ao alto índice de<br />
analfabetismo. A atitude diante <strong>do</strong> texto televisivo é, em grande medida,<br />
passiva, já que, diante da TV só podemos ver e ouvir. A intervenção <strong>do</strong><br />
ouvinte é possível em sua comunidade local — em conversas, na sala<br />
de aula, na imprensa local —, todavia terá muito menor alcance que a<br />
intervenção que a mídia televisiva produz em suas vidas. Ainda assim,<br />
acreditamos que a leitura, em forma de escuta, que se faz da TV, pode<br />
ser crítica. Porém, a <strong>instrumental</strong>ização para a crítica se faz necessária,<br />
via estruturação <strong>do</strong> pensamento. E, para tal, o acesso ao texto escrito e<br />
o hábito da leitura contribuem decisivamente.<br />
ATIVIDADE<br />
2. Você certamente irá considerar erra<strong>do</strong> se um aluno usar a concordância<br />
“nós vai”, certo? De que mo<strong>do</strong> você, como professora/professor avaliaria<br />
esse uso?<br />
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