EATI N ’OUT
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Vinhos<br />
Sangiovese<br />
A combinação dos vinhos e dos pratos<br />
do mesmo terroir tem exemplo adorável<br />
com essa uva, quando estamos no<br />
Chianti. Ali, guarnece a bistecca allà<br />
fiorentina, o maior de todos os bifões,<br />
com suas marcas de grelha que<br />
marcam a carne com decoração e<br />
paladar de brasa. Os steaks em geral<br />
são indicações certas de Oz Clarke<br />
para outro vinho medalhado à base de<br />
sangiovese: os brunellos.<br />
Syrah<br />
O crítico Oz Clarke é categórico em<br />
relação a essa uva francesa: “the<br />
classic barbecue wine”. E não somente<br />
os shiraz da Austrália e Nova Zelândia,<br />
que o têm como companhia de seus<br />
cordeiros, especialmente quando a<br />
uva é combinada com o cabernet<br />
sauvignon. Mas também os próprios<br />
franceses, pela pancada de corpo e<br />
aroma, um vigor, enfim, pelo qual as<br />
carnes tanto imploram. E se a chapa<br />
quente nos trouxer um steak au poivre,<br />
o syrah vai brilhar.<br />
Tannat<br />
Mais um caso em que os taninos<br />
acariciam a carne. Nesse caso, todas<br />
as que chegam à mesa uruguaia,<br />
não somente os bifes de costela (ojo,<br />
ancho) que combinam o impacto do<br />
crocante externo, a maciez externa e<br />
o corpo da gordura, que toma a peça<br />
toda. O tannat levanta a carne, a carne<br />
levanta o tannat e assim por diante, em<br />
um belíssimo balé à mesa.<br />
Tradição e poderes diante das grelhas da<br />
história: o nebbiolo, alma dos barolos, e o<br />
pinot-noir, o coração da Borgonha.<br />
Fotos: Pedro Mello e Souza<br />
36 <strong>EATI</strong> N <strong>’OUT</strong>