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MATERIAIS DE ENGENHARIA 15<br />

Até o século XIX praticamente nenhum uso dos materiais havia explorado<br />

algo além de suas qualidades mecânicas e ópticas ou sua resistência à<br />

corrosão. As únicas propriedades físicas amplamente medidas e relatadas<br />

quantitativamente na literatura científica eram ponto de fusão, densidade,<br />

dilatação térmica e calor específico. Propriedades mecânicas (exceto as constantes<br />

elásticas) pareciam ser muito variáveis para terem algum significado<br />

fundamental. A microestrutura das ligas era praticamente desconhecida. A<br />

metodologia de estudo das ligas consistia basicamente em atacar quimicamente<br />

com ácidos as diversas composições de um determinado sistema binário.<br />

Desta maneira, Karl Karsten noticiou em 1839 a descontinuidade na<br />

reatividade química de ligas com composição aproximadamente equiatômicas<br />

do sistema binário cobre-zinco. Mais tarde, descobriu-se que se tratava do<br />

composto intermetálico CuZn, conhecido como latão beta.<br />

Mas a grande revolução estava a caminho: a observação microscópica<br />

da microestrutura dos materiais e correlação com suas propriedades. Isto<br />

começou no grande centro produtor de aço, em Sheffield, na Inglaterra. Henry<br />

Clifton Sorby, em 1863/64, observou a estrutura de rochas e de aços ao<br />

microscópio óptico. A superfície destes materiais tinha sido polida e atacada<br />

levemente com reagentes químicos.<br />

Em 1895, eram descobertos os raios x. A difração de raios x, que<br />

possibilitou a determinação da estrutura cristalina dos materiais, foi descoberta<br />

em 1911/12.<br />

De posse da metalografia óptica, da difração de raios x e de algumas<br />

técnicas indiretas como dilatometria e análise térmica, os metalurgistas puderam<br />

caracterizar as transformações de fase e as microestruturas delas decorrentes.<br />

A correlação das microestruturas com as propriedades foi uma conseqüência<br />

natural. O advento da microscopia eletrônica possibilitou melhores<br />

resoluções e a observação de detalhes e espécies não observáveis com o<br />

microscópio óptico.<br />

A maioria dos elementos químicos foi descoberta nos últimos 250 anos<br />

(vide figura 1.1). Empregamos atualmente nos processos industriais a grande<br />

maioria dos elementos químicos, ao passo que, até um século atrás, com<br />

exceção de uns 20 deles, os mesmos eram curiosidades nos laboratórios de<br />

química.

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