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PROPRIEDADES MECÂNICAS 255<br />

σ 0<br />

G<br />

α<br />

onde<br />

é a tensão de cisalhamento para mover uma discordância<br />

na ausência de outras;<br />

é o módulo de cisalhamento e<br />

é uma constante.<br />

Mecanismos de endurecimento<br />

Neste tópico serão discutidos brevemente os principais mecanismos de<br />

endurecimento atuantes nos metais e ligas. Mecanismos de endurecimento<br />

são maneiras de aumentar a resistência mecânica de um material, ou seja, são<br />

modos de evitar a ocorrência de deformação plástica. Como nos metais e<br />

ligas, a deformação plástica ocorre predominantemente por movimentação de<br />

discordâncias, aumentar a resistência mecânica significa dificultar a movimentação<br />

de discordâncias.<br />

O endurecimento por deformação ou encruamento (“strain-hardening<br />

ou work-hardening”) é o mais utilizado dentre os mecanismos de endurecimento,<br />

pois praticamente todo metal ou liga pode ser submetido a este tipo<br />

de endurecimento. Este foi provavelmente o primeiro mecanismo de endurecimento<br />

observado pelo homem. Em 1540, V. Biringuccio, no seu livro clássico<br />

De La Pirotechnia, já mencionava que os metais ao serem deformados<br />

tornavam-se mais resistentes à deformação. Em outras palavras, eles endureciam<br />

por deformação. Os obstáculos ao movimento das discordâncias são<br />

neste caso outras discordâncias. Durante a deformação plástica, as discordâncias<br />

movimentam-se, multiplicam-se, interagem entre si adquirindo degraus e<br />

formando emaranhados, de modo que a sua movimentação exige tensões<br />

crescentes. Existem várias teorias que tentam explicar o encruamento. A<br />

teoria de Taylor (G.I.Taylor, Proc. Roy. Soc., vol. A145, pag. 362, 1934)<br />

calcula a tensão necessária para mover uma discordância contra o campo de<br />

tensão oriundo das outras discordâncias. A teoria de Mott (N.F.Mott, Proc.<br />

Roy. Soc.; vol. B64, pag. 729, 1951 e Phil. Mag. vol. 43, pag. 1151, 1952)<br />

considera grupos de discordâncias empilhadas, em lugar de discordâncias<br />

individuais como fontes de tensões internas. A teoria de Seeger (A.Seeger;<br />

J.Diehl; S.Mader; H.Rebstock, Phil. Mag. vol. 2, pag. 323, 1957) considera<br />

que a tensão necessária para deformar um cristal é constituída de dois componentes:<br />

um componente atérmico, de curto alcance, devido à interação com<br />

discordâncias que “furam” o plano de deslizamento (discordâncias floresta) e

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