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206 CAPÍTULO 11<br />

licos, estabilizam os buracos atômicos da estrutura amorfa ou vítrea. Exemplos<br />

típicos de vidros metálicos deste tipo são: Au-Si; Pd-Si; Fe-B; Fe-B-C;<br />

Fe-Ni-P-B; Ni-B-Si. Por outro lado, é possível obter vidros metálicos em<br />

sistemas contendo apenas átomos metálicos. Exemplos típicos de vidros metálicos<br />

deste tipo são: Zr-Cu; Zr-Ni; Nb-Ni e Ta-Ni.<br />

A grande maioria dos sistemas metálicos não apresenta fase amorfa,<br />

mesmo quando solidificada ultra-rapidamente. Nestes casos, os metais puros<br />

e ligas apresentam grãos com dimensões de poucos micrometros (materiais<br />

microcristalinos). Além disto, estes materiais microcristalinos apresentam<br />

pouca ou nenhuma segregação e maior solubilidade que os valores de equilíbrio,<br />

previstos nos respectivos diagramas de fases.<br />

Os vidros metálicos apresentam algumas propriedades e características<br />

interessantes. Uma delas é a isotropia de propriedades, devida à ausência de<br />

estrutura cristalina. A ausência de simetria cristalina também faz dos vidros<br />

metálicos excelentes materiais magnéticos moles. Eles apresentam alta resistividade<br />

elétrica e baixas perdas acústicas. A densidade de um vidro metálico<br />

é cerca de 2% menor que a da liga correspondente no estado cristalino. Os<br />

módulos de elasticidade e de cisalhamento também são menores no estado<br />

amorfo. Por outro lado, suas resistência mecânica e tenacidade são em geral<br />

excelentes. Sua homogeneidade química confere a eles melhor resistência à<br />

corrosão que as ligas cristalinas tradicionais. Apesar de apresentarem propriedades<br />

e características tão interessantes, os vidros metálicos ainda não<br />

encontraram muitas aplicações. A principal limitação é a forma em que eles<br />

são obtidos: pós, filmes finos e fitas finas. Além disto, eles apresentam uma<br />

enorme tendência à cristalização, o que pode ocorrer durante o aquecimento.<br />

Materiais cerâmicos amorfos<br />

Os materiais cerâmicos iônicos do tipo composto estequiométrico,<br />

como o NaCl, à exemplo dos metais puros, têm uma enorme propensão à<br />

cristalização. A cristalização é neste caso uma maneira eficiente do sólido<br />

manter a neutralidade elétrica e estes materiais praticamente inexistem na<br />

forma amorfa.<br />

Os materiais cerâmicos com forte caráter covalente têm maior propensão<br />

à formação de fase amorfa do que os iônicos. Este é, por exemplo, o caso<br />

da sílica. A sílica cristalina consiste de tetraedros, onde predominam fortes<br />

ligações covalentes (vide figura 11.4).

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