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centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ

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pronuncia. Outros exemplos <strong>de</strong> erro que Carraher (1985) classificou nesta<br />

categoria: bulacha, nuveim e cauça.<br />

2) Supercorreção – a criança, ao se dar conta <strong>de</strong> que nem sempre é possível<br />

representar pontualmente os sons da fala, po<strong>de</strong> tentar corrigir os erros <strong>de</strong><br />

transcrição da fala, generalizando o uso <strong>de</strong> certas grafias ina<strong>de</strong>quadamente. É o<br />

que acontece quando a criança escreve vasolra no lugar <strong>de</strong> vassoura. É provável<br />

que, anteriormente, a criança tenha cometido um erro ao escrever, por exemplo,<br />

sal com o grafema ao invés <strong>de</strong> e passe, a partir disto, a corrigir casos<br />

semelhantes, mesmo quando a retificação não se aplica. Outros exemplos:<br />

emitação ao invés <strong>de</strong> imitação ou fragio para frágil.<br />

3) Não utilização <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> contexto – a escolha <strong>de</strong> certos grafemas é feita a<br />

partir do contexto em que estes estão inseridos, ou seja, <strong>de</strong> acordo com a letra<br />

antece<strong>de</strong>nte e/ou subseqüente e pela sua posição <strong>de</strong>ntro da palavra. Ao cometer<br />

este tipo <strong>de</strong> erro, a escrita da criança não se baseia na regra contextual que<br />

<strong>de</strong>termina a opção correta para grafar <strong>de</strong>terminada palavra. Como exemplo, o<br />

uso das letras e , ambas marcadoras da nasalização, é <strong>de</strong>terminado por<br />

uma regra <strong>de</strong> contexto: o só po<strong>de</strong> ser colocado diante <strong>de</strong> e ,<br />

enquanto o <strong>de</strong>ve ser usado antes das <strong>de</strong>mais consoantes. Então, ao escrever<br />

camtor, a crianças estaria infringindo uma regra contextual. Outros exemplos:<br />

rrolha, profesora.<br />

4) Não marcação da nasalização – esta categoria se refere à não utilização pelas<br />

crianças <strong>de</strong> nasalização <strong>de</strong> palavras. É muito comum que elas escrevam, por<br />

exemplo, oça no lugar <strong>de</strong> onça ou roma no lugar <strong>de</strong> romã, por não consi<strong>de</strong>rarem<br />

as marcas <strong>de</strong> nasalização quando estas são necessárias.<br />

5) Erros relacionados à origem da palavra – para a escrita <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas palavras<br />

é necessário se basear na origem das mesmas, pois o contexto ou o som não<br />

indicam a grafia correta. Este é o caso, por exemplo, do uso <strong>de</strong> ou <br />

para representar /š/ na palavra bolacha. Além da pronúncia não diferir com o<br />

uso <strong>de</strong> uma ou outra consoante, não há uma regra contextual que indique qual<br />

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