centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ
centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ
centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A maioria dos erros ortográficos recai basicamente nas mesmas categorias tanto<br />
para as crianças <strong>de</strong> 2 a quanto para as <strong>de</strong> 4 a série, ou seja, os pontos <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> são<br />
similares para ambas as séries.<br />
No ditado <strong>de</strong> palavras, a maioria dos erros ortográficos, tanto das crianças <strong>de</strong> 2 a<br />
quanto as <strong>de</strong> 4 a série, estavam relacionados à não consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> regras contextuais<br />
(40% dos erros para 2 a e 4 a séries) e dos aspectos morfossintáticos da língua (30% para<br />
2 a série e 27% para 4 a ). Isto indica <strong>de</strong>sconhecimento para os aspectos da língua<br />
referentes ao contexto e à morfossintaxe. O restante dos erros ficou distribuído nas<br />
outras categorias, que mostraram menor relevância dada a baixa freqüência <strong>de</strong><br />
ocorrência, com um percentual que variou <strong>de</strong> 1% a, no máximo, 8%. Isto ocorreu<br />
porque, no ditado <strong>de</strong> palavras, além <strong>de</strong> todas as palavras estarem relacionadas a<br />
regularida<strong>de</strong>s contextuais e morfossintáticas (uso do r e rr, nasalização diante <strong>de</strong><br />
consoantes e sufixos esa, eza e oso), procurou-se evitar a utilização <strong>de</strong> outros contextos<br />
ortográficos problemáticos presentes na língua.<br />
No texto houve uma queda no número <strong>de</strong> erros relacionados às regras<br />
contextuais (20% para a 2 a série e 23% para a 4 a ) e aos aspectos morfossintáticos (14%<br />
para a 2 a série e 17% para a 4 a série). Mesmo assim, estes continuam se <strong>de</strong>stacando<br />
como importantes fontes <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s para as crianças. Com a maior diversificação<br />
<strong>de</strong> contextos ortográficos, a proporção relativa dos erros <strong>de</strong>vido ao contexto e à<br />
morfossintaxe tinha que cair, pois as crianças tinham muitos outros contextos críticos<br />
para errar, o que levou a uma maior distribuição pelas categorias <strong>de</strong> erro. Foi notado um<br />
aumento especialmente dos erros por <strong>de</strong>sconhecimento da etimologia da palavra (17%<br />
para 2 a série e 21% para a 4 a série) e por dificulda<strong>de</strong> na acentuação (10% para a 2 a série<br />
e 16% para a 4 a série). As crianças, <strong>de</strong> um modo geral, têm dificulda<strong>de</strong> para lidar com<br />
os aspectos irregulares da língua, para os quais não há nenhuma regra que facilite a<br />
escolha pelo grafema a<strong>de</strong>quado para se grafar a palavra. Além disso, estas crianças<br />
também têm muita dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acentuação, que se concentra na omissão dos acentos<br />
gráficos, evi<strong>de</strong>nciando um <strong>de</strong>sconhecimento acerca das regras sobre tonicida<strong>de</strong>.<br />
74