centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ
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para tê-lo feito <strong>de</strong>sta forma, ela po<strong>de</strong>ria dominar o conhecimento explícito verbal e, a<br />
partir daí, empregar a<strong>de</strong>quadamente seu conhecimento na escrita.<br />
Entretanto, é preciso certo cuidado em relação às conclusões <strong>de</strong> Cavalcante<br />
(2000) ao consi<strong>de</strong>rar aquilo que a criança é capaz <strong>de</strong> explicitar verbalmente sobre<br />
<strong>de</strong>terminado aspecto ortográfico. Saber recitar uma regra não implica necessariamente<br />
num conhecimento elaborado sobre a mesma, po<strong>de</strong>ndo, na verda<strong>de</strong>, ser apenas resultado<br />
da repetição contínua sem um real entendimento do princípio gerativo. A criança po<strong>de</strong><br />
ser capaz <strong>de</strong> reproduzir a regra na fala, mesmo não conseguindo aplicá-la na escrita das<br />
palavras. Portanto, não implica necessariamente um processo <strong>de</strong> reflexão da criança, no<br />
qual ela <strong>de</strong>monstra compreensão e domínio do conhecimento, mas po<strong>de</strong> tratar-se apenas<br />
da memorização <strong>de</strong> uma regra.<br />
Desta forma, o presente estudo preten<strong>de</strong> discutir as abordagens <strong>de</strong> Morais (1996,<br />
1998, 1999) e Cavalcante (2000), buscando uma compreensão maior acerca da<br />
aquisição da ortografia e dos fatores relacionados à esta aquisição.<br />
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