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centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ

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<strong>de</strong>terminada pela escolarida<strong>de</strong>, F(1,50) = 5,48, p = 0,023. De maneira geral, as crianças<br />

da 4 a série obtêm melhor <strong>de</strong>sempenho do que as da 2 a série.<br />

Observa-se também que algumas regras são mais fáceis para as crianças que<br />

outras, F (2,100) = 10,04, p < 0,001. Os resultados do Post-Hoc Teste (Neuman Keuls)<br />

mostram que são significativas as diferenças entre o contexto /R/ intervocálico e os<br />

<strong>de</strong>mais contextos. Contudo, não há diferença significativa no <strong>de</strong>sempenho das crianças<br />

nos contextos /R/ <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> consoante e /R/ <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vogal nasal. A partir <strong>de</strong>sta análise<br />

é possível dispor os contextos ortográficos do uso do r e rr em dois grupos. Um grupo<br />

conteria a representação /R/ intervocálico; e o outro, as representações /R/ <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

consoante e /R/ <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vogal nasal. As representações /R/ <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> consoante e /R/<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vogal nasal parecem ser a gran<strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> para as crianças <strong>de</strong>vido<br />

a consi<strong>de</strong>rável diminuição do número <strong>de</strong> acertos apresentados nestes contextos.<br />

O tipo <strong>de</strong> tarefa utilizada não influenciou nos resultados encontrados. Nos<br />

contextos <strong>de</strong> uso do r e rr, as crianças ou tem muita facilida<strong>de</strong> ou tem muita dificulda<strong>de</strong>.<br />

Com isto, nem o contexto <strong>de</strong> produção nem o tipo <strong>de</strong> palavras selecionadas chegam a<br />

interferir na produção escrita das crianças.<br />

Nenhuma interação foi significativa.<br />

Estes resultados confirmam o que foi constatado por Cavalcante (2000) em<br />

termos <strong>de</strong> uma hierarquia na aprendizagem das regras envolvidas na utilização do r e rr.<br />

As representações /R/ inicial e /r/ intervocálico seriam internalizadas mais rapidamente<br />

pelas crianças. As crianças já utilizariam tais representações do r e rr <strong>de</strong> acordo com a<br />

norma ortográfica vigente já na 2 a série. O /R/ intervocálico se encontraria em uma fase<br />

intermediária, estando as crianças em processo <strong>de</strong> superação <strong>de</strong>ste obstáculo na sua<br />

escrita e, portanto, a utilização <strong>de</strong>sta representação ainda não estaria completamente<br />

consolidada, mesmo na 4ª série. A principal dificulda<strong>de</strong> para as crianças <strong>de</strong> 2 a e 4 a<br />

séries, entretanto, estaria nas representações /R/ <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> consoante e /R/ <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

vogal nasal. Isto po<strong>de</strong> estar relacionado ao próprio ensino da ortografia nas escolas, que<br />

não inclui estes contextos ao trabalhar com o uso <strong>de</strong> r e rr, mesmo em séries mais<br />

avançadas.<br />

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