centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ
centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ
centro de filosofia e ciências humanas - UFRJ
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 11 anos e 6 meses; b) 20 crianças sem<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 7 anos e 1 mês, mas com mesmo nível <strong>de</strong><br />
leitura e escrita do primeiro grupo; e c) 20 crianças sem dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e<br />
ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 11 anos e 1 mês, com nível <strong>de</strong> leitura e escrita superior aos dois<br />
primeiros grupos. Foram realizados teste <strong>de</strong> inteligência, tarefa <strong>de</strong> memória verbal,<br />
tarefas <strong>de</strong> leitura e escrita <strong>de</strong> palavras reais e inventadas, tarefas <strong>de</strong> consciência<br />
fonológica e tarefas <strong>de</strong> consciência sintática.<br />
Quanto à avaliação da consciência fonológica, o grupo das crianças com<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem obteve <strong>de</strong>sempenho inferior nas tarefas em relação aos<br />
outros dois grupos, especialmente no que concerne à consciência fonêmica. No entanto,<br />
nas tarefas <strong>de</strong> consciência sintática, a performance do grupo <strong>de</strong> crianças com<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem foi inferior ao grupo emparelhado pela ida<strong>de</strong> cronológica,<br />
mas não em relação ao grupo com o mesmo nível <strong>de</strong> leitura e escrita.<br />
Para Guimarães (2003), estes resultados indicam que a consciência fonológica<br />
promove o <strong>de</strong>senvolvimento da leitura e escrita, enquanto a consciência sintática seria<br />
<strong>de</strong>senvolvida a partir do contato da criança com material escrito. A dificulda<strong>de</strong> das<br />
crianças na aprendizagem <strong>de</strong>ve-se, portanto, a problemas na análise fonológica das<br />
palavras, o que atrapalharia, por conseguinte, a ampliação da consciência sobre a<br />
estrutura gramatical. Entretanto, <strong>de</strong>ve ser feita uma ressalva ao estudo realizado por<br />
Guimarães (2003), em relação às palavras utilizadas para avaliar o <strong>de</strong>sempenho<br />
ortográfico.<br />
Como indicado nos estudos <strong>de</strong> Bryant, Nunes e Bindman (2000) e Rego e<br />
Buarque (1997), diferentes competências metalingüísticas parecem influenciar a escrita<br />
<strong>de</strong> diferentes aspectos lingüísticos. No entanto, as palavras utilizadas por Guimarães<br />
(2003) não foram controladas quanto aos diferentes contextos ortográficos envolvidos.<br />
Além disto, po<strong>de</strong>-se observar que poucas palavras <strong>de</strong>ste estudo necessitavam <strong>de</strong> pistas<br />
gramaticais para <strong>de</strong>terminação da grafia correta.<br />
Os resultados obtidos nos estudos <strong>de</strong> Bryant, Nunes e Bindman (2000), Rego e<br />
Buarque (1997) e Sá (1999) sugerem a existência <strong>de</strong> uma relação entre competências<br />
15